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O osso é um tecido dinâmico, desenvolvido e adaptado por hormônios, citocinas e estímulos mecânicos, como a atividade física. O osso sofre alterações, mesmo após o final do crescimento do esqueleto, compreendendo o processo de remodelação, ou seja, um equilíbrio entre aposição e reabsorção óssea. Neste contexto, a manutenção da densidade mineral óssea (DMO) é muito importante para a prevenção de doenças ósseas metabólicas, como a osteoporose, a qual é caracterizada por uma diminuição acentuada da DMO. Estudos indicam que a atividade física está positivamente relacionada com a DMO, sendo um importante fator para sua manutenção. Dentre estes estudos, alguns utilizam o treinamento de força como intervenção, na tentativa de aumentar a DMO de indivíduos submetidos a esse tipo de atividade física. Em nível celular, o processo de remodelação induzido pela sobrecarga, como na atividade física, parece ser realizado pela ação dos osteócitos, que atuam como receptores mecânicos do estresse aplicado, e liberam um fator químico estimulador da proliferação de osteoblastos no local estressado. Para a realização deste trabalho, buscaram-se informações nas bases de dados da CAPES, MEDLINE, LILACS e na biblioteca virtual SciELO, selecionando-se artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais entre os anos de 1999 e 2016. Os descritores de assunto utilizados foram: “atividade física”, “remodelação óssea”, “densidade mineral óssea”, utilizando a interseção dos conjuntos. Embora alguns resultados sejam contraditórios, a literatura não deixa dúvidas quanto aos efeitos benéficos da atividade física sobre o tecido ósseo, tanto em indivíduos saudáveis, quanto na prevenção e tratamento da osteoporose. Os mecanismos pelos quais a atividade física estimula a diferenciação osteoblástica, a partir das células do estroma da medula óssea, devem ser melhor elucidados, para que terapêuticas mais adequadas possam ser desenvolvidas e utilizadas no tratamento de indivíduos acometidos com alguma doença óssea metabólica. |