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As representações matemáticas ocupam cada vez mais um lugar central nas aulas de matemática e na planificação de tarefas com sentido que impliquem pensar e fazer, mais do que memorizar definições e procedimentos. Os normativos que regulam a atividade matemática, assim como os principais documentos de referência, apontam o conhecimento e uso de representações múltiplas como um dos objetivos centrais da aprendizagem matemática. Neste sentido, o presente estudo tem como principal objetivo a identificação de diferentes tipos de representação, desde uma representação pictórica, mais informal, às representações simbólicas matemáticas, utilizados por alunos do ensino superior, futuros professores do Ensino Básico, e o desenvolvimento da capacidade de compreender e usar diferentes representações convencionais da matemática, escolhendo as mais adequadas a cada situação problemática. A investigação enquadra-se numa abordagem qualitativa e interpretativa, desenvolvida com um total de sessenta e oito estudantes, que resolveram um conjunto de três tarefas que solicitam uma diversidade de representações para a sua compreensão, exploração, registo e solução. Como instrumentos de recolha de dados, recorreu-se à recolha documental das produções dos estudantes, à observação, às notas de campo e ao registo áudio. Os resultados demonstram que os estudantes têm facilidade na construção de variadas representações matemáticas, predominando as representações informais do tipo pictórico ou icónico para compreensão do enunciado e aparecendo como mais comuns as representações simbólicas matemáticas do tipo aritmético para resolução e procura de uma resposta. A natureza da tarefa parece influenciar a escolha de um ou de outro tipo de representação. É ainda evidente a abertura para outras formas de representar diferentes das produzidas, desde que haja uma explicação e consequente compreensão das mesmas. |
