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Este artigo analisa a presença indígena nas universidades brasileiras, destacando os resultados de políticas de inclusão e os desafios enfrentados pelos estudantes indígenas no contexto acadêmico. A partir de uma revisão crítica da literatura e de dados disponíveis, como o relatório das atividades da Rede Indígena da USP, que é um serviço de extensão desenvolvido pelo Instituto de Psicologia da USP, cuja precípua função é acompanhar e compreender a situação psicossocial de pessoas indígenas, visando promover a integração e o bem-estar desses grupos em contexto urbano, pode-se inferir que as políticas de ações afirmativas, como o sistema de cotas e programas de bolsas, têm sido fundamentais para aumentar a presença indígena no ensino superior. No entanto, os estudantes indígenas ainda enfrentam obstáculos relacionados ao racismo estrutural, adaptação cultural e acesso a recursos acadêmicos. Apesar desses desafios, a presença indígena nas universidades também traz consigo potencialidades epistemológicas, desafiando os paradigmas dominantes e contribuindo para uma educação mais inclusiva e diversa. Em última análise, discorre-se sobre a importância desses resultados para subsidiar políticas públicas que promovam a inclusão e valorização dos saberes indígenas, assim como para orientar estudos futuros com o objetivo de construir uma sociedade mais justa, equitativa e respeitosa das diferentes formas de conhecimento e experiência. |