Mortalidade infantil em duas coortes de base populacional no Sul do Brasil: tendências e diferenciais

Autor: Menezes Ana M. B., Victora Cesar G., Barros Fernando C., Albernaz Elaine, Menezes Flávio S., Jannke Heitor A., Alves Clarita, Rocha Cristina
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 1996
Předmět:
Zdroj: Cadernos de Saúde Pública, Vol 12, Iss suppl.1, Pp 79-86 (1996)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0102-311X
1678-4464
Popis: Estudou-se a tendência temporal da mortalidade infantil através de dois estudos de coorte realizados em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 1982 e 1993. Ambas coortes incluíram todos os nascimentos hospitalares e óbitos verificados através de visitas regulares aos hospitais, cartórios e cemitérios. As informações sobre a causa de morte foram obtidas através de entrevistas com pediatras, revisão do prontuário, necrópsias e entrevista com os pais das crianças. O coeficiente de mortalidade infantil caiu de 36,4 por mil nascidos vivos para 21,1 na década. As principais causas de mortalidade infantil em 1993 foram as perinatais, malformações congênitas, diarréia e infecções respiratórias. Crianças com baixo peso ao nascer apresentaram mortalidade 12 vezes maior do que crianças com peso adequado, e crianças pré-termo, duas vezes mais do que crianças com retardo de crescimento intra-uterino. Crianças de famílias com renda baixa (um salário mínimo) apresentaram mortalidade sete vezes superior àquelas com renda alta (10 salários mínimos). A mortalidade de crianças de baixo peso ao nascer e alta renda familiar decresceu em 67%, contra apenas 36% para as de baixa renda. Conclui-se que, mesmo com uma queda expressiva da mortalidade infantil na década, persistem importantes desigualdades sociais.
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