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A historiografia literária brasileira viveu uma situação paradoxal nas primeiras décadas após a Independência do país (1822). A literatura, na condição de item de um sistema simbólico que ajudava a delinear o conceito de nação, precisava de uma historiografia para legitimá-la. Por outro lado, não era possível cunhar uma historiografia, dado que o Brasil não possuía ainda obras representativas de um sistema literário, conforme os parâmetros estabelecidos por Antonio Candido. O artigo trata desse paradoxo, tomando como base em textos de estudiosos da literatura e historiadores. Também se mostra como essa situação transparece em três textos do período: “Sobre a história da literatura do Brasil” (1836), de Gonçalves de Magalhães; “Bosquejo da história da poesia brasileira” (1840/41), de Joaquim Norberto de Sousa Silva; e “Da nacionalidade da literatura brasileira” (1843), de Santiago Nunes Ribeiro |