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Este artigo focaliza um problema específico do fenômeno da historiografia nacional escrita na América Latina do século XIX: as implicações ideológicas de seus elementos narrativos, particularmente de seus começos. A análise dos incipit de duas obras representativas desse gênero historiográfico – a História de Méjico (1844-1852), do historiador mexicano Lucas Alamán, e a História Geral do Brazil (1853-1857), do brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen – permitirá, em primeiro lugar, discutir as características formais – ficcionais – dos referidos umbrais discursivos; em segundo lugar, caracterizá-los como artefactos ideológicos dispostos em forma narrativa. Pretende-se contribuir para o estudo crítico da historiografia nacional oitocentista latino-americana, a partir de uma perspetiva comparada. |