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RESUMO: Introdução: A Organização Mundial da Saúde, calcula a ocorrência de cerca de 1,2 milhões de casos e 135 mil mortes por meningites anualmente no globo. No Brasil, as meningites bacterianas (MB) manifestam comportamento endêmico, sendo as mais importantes, devido à magnitude de sua prevalência, potencial de acarretar surtos e letalidade. Objetivo: Descrever os aspectos clínico-epidemiológicos dos casos de MB notificados em um hospital universitário de referência em Alagoas. Metodologia: Estudo observacional, descritivo, transversal e retrospectivo a partir dos registros clínicos dos pacientes internados no Hospital Escola Hélvio Auto por MB de 2010 a 2019. Resultados: A partir da investigação de 551 prontuários médicos, observou-se que 2013 foi o ano de maior prevalência, o perfil epidemiológico foi composto por crianças, do sexo masculino, pardas, estudantes pré-escolares, residentes do Leste Alagoano e com predominância durante o inverno e o outono. Por sua vez, o perfil clínico caracterizou-se por febre, cefaleia e vômitos, histórico de contato prévio em ambiente extradomiciliar, elevada taxa de internação hospitalar e desfecho evolutivo satisfatório. Conclusão: A investigação realizada permitiu traçar o perfil clínico-epidemiológico das MB em Alagoas, bem como identificou que o sorogrupo C do meningococo, apesar de contar com uma vacinação de amplo acesso à população, apresentou significativo aumento no número de casos nos últimos anos. PALAVRAS-CHAVE: Meningite, Meningites Bacterianas, Epidemiologia, Saúde Pública. |
