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A pandemia causada pelo coronavírus, durante o ano de 2020, explicitou um problema nas redes: a disseminação de notícias falsas, as chamadas fake news, informações incorretas e argumentos falaciosos que tentaram minar a opinião pública. Tais argumentos constituem-se muitas vezes como informações pseudocientíficas, ou seja, que apesar de não possuírem validade, tentam passar-se por cientificamente aceitos, bem como argumentos anticientíficos, que simplesmente negam toda à razão e bom senso visando atacar a ciência. Partindo deste contexto, é possível que o estudo de lógica argumentativa voltado à Alfabetização Científica entre os jovens, possa ser um recurso para preparar os jovens criticamente para o contato com a desinformação, ou seja, para torná-los alfabetizados cientificamente. Buscando-se discutir esse tema, o presente artigo apresenta na forma de um ensaio aspectos bibliográficos que possam estabelecer um diálogo entre a alfabetização científica e a lógica filosófica. A partir das reflexões decorrentes desse estudo, considera-se que a lógica argumentativa possa vir a colaborar com o processo de alfabetização científica em jovens e crianças, ajudando a desenvolver pensamento crítico e reflexivo frente às artimanhas pseudocientíficas tão disseminadas na contemporaneidade. |