Autor: |
João Costa, Joana Alarcão, Alexandre Amaral‐Silva, Francisco Araújo, Raquel Ascenção, Daniel Caldeira, Marta Ferreira Cardoso, Manuel Correia, Francesca Fiorentino, Cristina Gavina, Victor Gil, Miguel Gouveia, Francisco Lourenço, Alberto Mello e Silva, Luís Mendes Pedro, João Morais, António Vaz‐Carneiro, Manuel Teixeira Veríssimo, Margarida Borges |
Jazyk: |
English<br />Portuguese |
Rok vydání: |
2021 |
Předmět: |
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Zdroj: |
Revista Portuguesa de Cardiologia, Vol 40, Iss 6, Pp 409-419 (2021) |
Druh dokumentu: |
article |
ISSN: |
0870-2551 |
DOI: |
10.1016/j.repc.2020.08.007 |
Popis: |
Resumo: Introdução e objetivos: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal, sendo a aterosclerose o processo fisiopatológico subjacente mais comum. O objetivo deste estudo foi quantificar o impacto económico da aterosclerose em Portugal através da estimação dos custos associados. Métodos: A estimativa dos custos foi realizada na ótica da prevalência e na perspetiva da sociedade. A prevalência das principais manifestações focais da aterosclerose foi estimada com recurso a três fontes epidemiológicas nacionais. O custo anual da aterosclerose incluiu custos diretos (consumos de recursos) e indiretos (impacto na produtividade da população). Estes custos foram estimados para o ano de 2016 com base nos dados da Base de Dados de Morbilidade Hospitalar, do Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que integra informação da prática clínica real em ambiente de cuidados de saúde primários e do Inquérito Nacional de Saúde de 2014 e na opinião de peritos. Resultados: O custo da aterosclerose em 2016 totalizou cerca de 1,9 mil milhões de euros (58% e 42% correspondendo a custos diretos e indiretos, respetivamente). A maior parte dos custos diretos esteve associada aos cuidados de saúde primários (55%), seguindo‐se o ambulatório hospitalar (27%) e, por último, os episódios de internamento (18%). Os custos indiretos foram principalmente determinados pela não participação no mercado de trabalho (91%). Conclusões: A aterosclerose apresenta um importante impacto económico, correspondendo a uma despesa equivalente a 1% do Produto Interno Bruto nacional e a 11% da despesa corrente em saúde, em 2016. Abstract: Introduction and objectives: Cardiovascular disease is the leading cause of death in Portugal and atherosclerosis is the most common underlying pathophysiological process. The aim of this study was to quantify the economic impact of atherosclerosis in Portugal by estimating disease‐related costs. Methods: Costs were estimated based on a prevalence approach and following a societal perspective. Three national epidemiological sources were used to estimate the prevalence of the main clinical manifestations of atherosclerosis. The annual costs of atherosclerosis included both direct costs (resource consumption) and indirect costs (impact on population productivity). These costs were estimated for 2016, based on data from the Hospital Morbidity Database, the health care database (SIARS) of the Regional Health Administration of Lisbon and Tagus Valley including real‐world data from primary care, the 2014 National Health Interview Survey, and expert opinion. Results: The total cost of atherosclerosis in 2016 reached 1.9 billion euros (58% and 42% of which was direct and indirect costs, respectively). Most of the direct costs were associated with primary care (55%), followed by hospital outpatient care (27%) and hospitalizations (18%). Indirect costs were mainly driven by early exit from the labor force (91%). Conclusions: Atherosclerosis has a major economic impact, being responsible for health expenditure equivalent to 1% of Portuguese gross domestic product and 11% of current health expenditure in 2016. |
Databáze: |
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