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A partir das representações midiáticas, é possível notar a apresentação de uma suposta crise de segurança pública. Protagonizando as reportagens, a juventude oriunda de classes subalternas é compreendida como responsável por essa realidade. Enquanto isso, a população clama por medidas punitivas. A presente revisão narrativa propõe uma discussão sobre a possível relação entre mídia hegemônica, as representações sobre a violência urbana e a criminalização desta faceta da juventude, sustentando práticas sociais que compõem a adesão subjetiva à barbárie. Primeiramente é apresentado o debate a respeito das mídias e o cenário brasileiro. Em seguida, é discutida a imagem do “jovem bandido” através do olhar da criminologia crítica. Por fim, apresenta-se a discussão sobre a construção de consensos a partir da mídia brasileira. Através de estratégias de desumanização dos sujeitos, as práticas midiáticas hegemônicas contribuem para que estejamos aderidos à barbárie que violenta principalmente os jovens inseridos no âmbito das periferias brasileiras. |