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O presente artigo procura investigar como a partir da modernidade, com base na filosofia de Descartes, a compreensão da experiência humana, do sujeito moderno, passou a se valer de alguma noção de negativo. A fim de verificar de que modo isso chega à contemporaneidade, é também realizado o estudo de como a psicanálise, em sua vertente freudiana e lacaniana, descreve a experiência do sujeito também a partir de uma ideia de negativo. A hipótese que defendemos é a de que uma certa noção de negativo surge como indispensável para a adequada discussão da experiência humana desse sujeito que surge na modernidade: em primeiro lugar, por parte da filosofia cartesiana ao propor o conceito de paixões da alma; e, em segundo lugar, por parte da psicanálise ao formular a ideia de pulsão. Por fim, cabe indicar que tomamos principalmente o Tratado das paixões de Descartes e os textos sobre metapsicologia, teóricos, da psicanálise como pontos de partida. |