SENDO ÍNDIO NA CIDADE: MOBILIDADE, REPERTÓRIO LINGUÍSTICO E TECNOLOGIAS
Autor: | Terezinha Machado Maher |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2016 |
Předmět: | |
Zdroj: | Revista da Anpoll, Vol 1, Iss 40, Pp 58-69 (2016) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1414-7564 1982-7830 |
DOI: | 10.18309/anp.v1i40.1015 |
Popis: | Este texto tem por objetivo refletir sobre duas mudanças que vimos testemunhando nas últimas décadas: a mobi lidade cada vez maior de parcelas dos povos indígenas brasileiros para centros urbanos do país e a crescente adesão dessas populações a práticas que envolvem novos recursos tecnológicos. Pretendo aqui argumentar que tais mudanças são quase sempre equivocadamente vistas como fatores que colocam em risco a legitimidade da identidade étnica desses povos. No que se refere ao processo de mobilidade referido, é meu entendimento que a falsa compreensão de que a indianidade residiria ontologicamente nas línguas indígenas, contribui para fazer com que os índios urbanos brasileiros, que em grande medida utilizam o português como língua franca – e em alguns casos como língua materna –, em suas interações sociais, tenham suas etnicidades, enquanto marcadores de diferença, colocadas sob suspeição. Por outro lado, a imagem paternalista de uma suposta fragilidade das culturas indígenas frente às novidades tecnológicas permite representações de que “índios autênticos” deixariam de sê-los ao se engajarem em práticas comunicativas híbridas e pan-étnicas no YouTube, no Facebook ou no Whatsapp, por exemplo. This work is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 License. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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