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Atualmente, a melhoria da qualidade dos processos de ensino e aprendizagem – nomeadamente, através da promoção da inovação pedagógica e da aprendizagem ativa – consta mais declaradamente da agenda das instituições de ensino superior, em Portugal. Para que tal se concretize, as e os docentes deverão envolver-se em processos (auto)reflexivos e (trans)formativos, quer para o seu próprio desenvolvimento profissional quer para benefício das aprendizagens das e dos estudantes. Uma das práticas ao serviço do desenvolvimento profissional docente designa-se Indagação da Pedagogia. Pela sua relevância e por não ser uma prática disseminada expansivamente no cenário nacional, realizou-se um estudo fenomenológico em contexto norte-americano, no âmbito de um projeto de mestrado, com o qual se tencionava examinar os incentivos que se revelam de importância para cativar docentes do ensino superior para a prática da Indagação da Pedagogia. Neste estudo, três docentes com experiência na prática da Indagação da Pedagogia foram entrevistadas, e os dados recolhidos foram examinados a partir de uma análise temática. Os resultados sugerem que as vantagens criadas pela prática da Indagação da Pedagogia ultrapassam em larga medida as inconveniências que lhe estão associadas; sugerem, também, a importância da construção e do reconhecimento de um espaço de Indagação da Pedagogia, com o qual se galvaniza a formação e o desenvolvimento profissional das e dos docentes do ensino superior. À luz dos resultados, formulam-se recomendações para a valorização da Indagação da Pedagogia em Portugal, a ser acolhida enquanto prática que ajuda a encontrar sentido nos quotidianos profissionais de quem é docente no ensino superior. |
