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Inicialmente contextualizamos o termo ancestralidade como referência aos nossos ancestrais indígenas e africanos e a herança cultural que deles herdamos, enquanto o termo modernidade diz respeito ao tempo presente, ao modo como nos relacionamos em sociedade uns com os outros, como um reflexo das manifestações culturais transmitidas de geração em geração por nossos antepassados. Este artigo demonstra que a intolerância subsiste desde os tempos do Brasil colônia, através de uma abordagem histórica de como as práticas discriminatórias do estado português se enraizaram em nossa sociedade, beneficiando a cultura europeia e desqualificando os saberes indígenas e africanos. Apresentamos a ancestralidade indígena, suas lendas, mitos, e suas práticas de cura. Abordamos a miscigenação das raças – indígenas, africanos e europeus, bem como do sincretismo cultural desses povos, que deu origem às religiões brasileiras, tais como o Tambor de Mina, o Catimbó e a Umbanda, por exemplo. Por fim, mostramos a inércia do poder público em combater os atos violentos, intolerantes, discriminatórios, ilegais e preconceituosos contra indígenas, afrodescendentes e seguidores das religiões de matriz ameríndia e africana. |