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O estudo discute a epêntese vocálica no português europeu (PE) em uma abordagem fonético-fonológica. Com dados empíricos de produção e percepção de falantes nativos do PE, evidencia que, em palavras com encontros consonantais heterossilábicos em contextos mediais, propícios ao aparecimento de segmento epentético, a epêntese vocálica é variável, com a possibilidade da existência de uma epêntese surda. Os dados de produção, analisados acusticamente com o software PRAAT (Boersma e Weenink 2013), foram relacionados aos dados de percepção, obtidos por instrumento elaborado a partir do software TP (Rauber et al. 2009), aplicado aos mesmos informantes participantes do teste de produção. Com esse arcabouço empírico, o objetivo geral do estudo foi a proposição de uma formalização para o fenômeno da epêntese vocálica nos níveis fonológicos do Modelo de Processamento Bidirecional de L1 - BiPhon (Boersma 2006, 2007, 2008, 2010; Boersma e Hamann 2009), assumindo produção e percepção como partes de uma única gramática. |