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Este artigo discorre sobre a história da Palestina como exemplo contemporâneo de construção ideológica que objetivou promover o memoricídio para fins de colonização e ocupação de terras. Autores mostram que houve um plano deliberado de limpeza étnica dos habitantes árabes nativos a partir de 1947 para a instituição de um estado homogêneo, exclusivamente judeu. A morte da memória dos palestinos encontra-se na base do pensamento sionista, tanto que deu origem a mitos, como o de “uma terra sem povo para um povo sem terra” e de que os imigrantes fariam do deserto um pomar. Lideranças desse movimento declararam abertamente que sua expectativa era do esquecimento. Aí se consolidou a tentativa de memoricídio. Todavia, os palestinos se recusaram a ser apagados do mapa e continuam a resistir, como se observa na nova ofensiva a Gaza, Palestina ocupada. Uma das formas tem sido narrar os acontecimentos que compõem sua tragédia. A memória tem sido importante elemento para a reconstituição histórica, fundamental para a reparação da injustiça e sedimentação de um caminho livre de opressão, ocupação de terras, expulsão e humilhação. |