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Com o fechamento das escolas, durante a pandemia da Covid-19, o setor de educação foi afetado drasticamente. Tal medida, para contenção da pandemia, fez com que crianças e adolescentes fossem privados de um dos principais ambientes de desenvolvimento, interação e socialização. As desigualdades são ainda mais prejudiciais em relação a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, que vivenciam desfechos desfavoráveis desde o início da pandemia, tais como a exclusão digital, fome, prejuízo no desenvolvimento físico e cognitivo, dentre outros. O objetivo do estudo foi analisar o estresse e a insegurança que os gestores escolares e professores têm vivenciado em relação à pandemia. A metodologia incluiu a aplicação de questionário online, na plataforma google forms, composto por questões de múltipla escolha e inquéritos por escala, sobre: o tipo de escola em que trabalham; a função exercida; a carga horária e comparação antes e pós pandemia; equipamentos disponíveis e infraestrutura; avaliação referente à situação de trabalho atual e da forma como lidam com as exigências relacionadas com o trabalho; informações relacionadas à pandemia e à vacina; enfrentamento dos problemas de saúde dentro do núcleo escolar e como lidam com seus sentimentos referentes ao momento atual. 83% dos participantes são do gênero feminino com idades entre 30 e 65 anos, a maior parte trabalha em escola pública, no ensino fundamental e com carga horária maior que 40h semanais, sendo que 62,8% trabalham horas adicionais fora do seu horário de trabalho. 71% das participantes relata que após a pandemia houve um acréscimo nas horas de trabalho e que as condições estruturais das escolas não estão adaptadas para o retorno das atividades presenciais. Quando questionadas sobre a aplicação das vacinas, 97% afirma que tomaram as doses disponíveis. Mais da metade relatou insatisfação com as condições de trabalho atuais. As participantes indicam também que estão cada vez mais estressadas, sobrecarregadas e adoecidas: 40% afirma conviver com algum tipo de doença crônica e 31% se apresenta moderadamente debilitada com esta condição. Em relação à saúde mental, relatam que o cenário da pandemia contribuiu para aumentar o nível de estresse e cansaço. A associação dos fatores analisados certamente contribui para o agravamento das condições de saúde das participantes e, indiretamente, para a qualidade do ensino e/ou gestão escolar. Palavras-chave: COVID-19. Pandemia. Gestão Escolar. Saúde. Docência. Educação Básica. |