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Quando publicado pela primeira vez, em 1944, “Acontecimento em Vila Feliz”, de Aníbal Machado, foi recebido com ressalvas pelo crítico Sérgio Milliet. Republicado, em 1959, com fortes alterações, o conto recebeu posteriormente poucas leituras críticas. Utilizando o método bibliográfico, este artigo tem como objetivo analisar o referido conto de Aníbal Machado, observando-se a recorrência da ideia de ausência em relação aos personagens Helena e Mário. O tema será abordado em três momentos em relação à narrativa: na parte da suposta gravidez; em relação à figura do marido; e em relação à fuga de Helena do vilarejo onde vivia. Observar-se-á, como leitura possível, o aspecto sugestivo relacionado à ideia de morte que caracteriza a narrativa ficcional. Para isso, também recorremos à primeira versão do conto publicada no livro Vila feliz. Para a realização deste trabalho, utilizamos os estudos de Milliet (1981), Cortázar (2008), Weg (1997), Coelho (2010), Tokimatsu (2017), Gonçalves (1945), dentre outros. |