A FLEXIBILIZAÇÃO DOS TEMPOS DE TRABALHO COMO BASE DO ADOECIMENTO

Autor: Trivellato, Márcia Carolina Santos, Paixão, Tamiris Vilas Bôas
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: REVISTA DIREITOS, TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL; v. 6, n. 10 (2020): Revista Direitos, Trabalho e Política Social, n.10; 110-133
ISSN: 2447-0023
Popis: Segundo a teoria marxista, o tempo é fundamento essencial no capitalismo, pois ele é o principal fator de influência na velocidade e na quantidade de mercadorias produzidas. Porém, há um conflito entre o tempo diário disponível e o limite suportado pelo(a) trabalhador(a) na jornada de trabalho. A manipulação do tempo e a inobservância do respeito ao limite físico e mental do(a) empregado(a) pode acarretar em adoecimento por extração de trabalho excedente. Logo, se a fase industrial do capitalismo foi marcada por jornadas de trabalho rígidas de longa duração, quais são os desdobramentos dessas novas tendências adotadas pelo capital na saúde mental daqueles(as) que encontram a única garantia de subsistência na força de trabalho? Para tanto, discutir-se-á sobre as formas tradicionais e contemporâneas de organização do trabalho no sistema capitalista, investigar-se-á as consequências da exploração da força de trabalho na higidez do(a) trabalhador(a) e a influência do tempo na flexibilização do trabalho. Trata-se de um estudo que discorre por meio da pesquisa empírica, das aproximações e distanciamentos das temáticas envolvidas. Dessa maneira, analisa-se a influência negativa da flexibilização do trabalho no setor de call center com relação ao desenvolvimento de doenças psíquicas e físicas semelhantes em atendentes de telecomunicação, a neurastenia.
Databáze: OpenAIRE