APRESENTAÇÃO - Dossiê 'MEMÓRIAS INDÃGENAS: silêncios, esquecimentos, impunidade e reivindicação de direitos e acesso à justiça'
Autor: | Ramos, Ana Margarita, Verdum, Ricardo |
---|---|
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2018 |
Předmět: | |
Zdroj: | Abya-Yala: Journal on Access to Justice and Rights in the Americas; Vol. 2 No. 2 (2018): INDIGENOUS MEMORIES: Silences, forgetfulness, impunity and claim of rights and access to justice; 53-56 Abya-Yala: Revista sobre Acceso a la justicia y derechos en las Américas; Vol. 2 Núm. 2 (2018): MEMORIAS IND´´IGENAS: silencios, olvidos, impunidad y reivindicación de derechos y acceso a la justicia; 53-56 Abya-yala: Revista sobre Acesso à Justiça e Direitos nas Américas; v. 2 n. 2 (2018): MEMÓRIAS INDÍGENAS: silêncios, esquecimentos, impunidade e reivindicação de direitos e acesso à justiça; 53-56 |
ISSN: | 2526-6675 |
DOI: | 10.26512/abya-yala.v2i2 |
Popis: | Nos últimos trinta anos, a memória se tornou um dos principais temas de interesse das Ciências Sociais na América Latina. Também se constituiu num importante instrumento na promoção de direitos e na conquista do acesso à justiça. Sua valorização beneficiou particularmente os setores da população em situação de exclusão política e discriminação social e econômica, os explorados e humilhados, e os reprimidos por grupos sociais que constituíram e que controlam, em seu benefício, aparatos de poder estatais e/ou paraestatais (Stavenhagen 1996; Jelin 2002). A memória é, portanto, um campo de disputas onde o recordar, o falar e o silenciar estão sujeitos à s micropolíticas da vida cotidiana. Tanto o recordar quanto o esquecer estão sujeitos aos limites estabelecidos pelos poderes constituídos em diferentes escalas e espaços, de maneira sutil ou enérgica. Daí porquê falar de recordações impostas e na domesticação do recordar, e no disciplinamento das subjetividades sociais. Daí porquê falar de memória crítica e de crítica da memória como recursos que a prática intelectual deve mobilizar para seguir levando a termo guerras de interpretação em torno aos significados e usos do recordar (Briones 1994; Verdum 1994; Richard 2002; Ramos 2011). Com este dossiê pretendemos reunir trabalhos onde se discutisse, de uma perspectiva etnográfica e histórica, as dinâmicas de construção da memória de sujeitos individuais e coletivos indígenas, submetidos e/ou em resistência à repressão, ao despojo territorial e de outros meios de vida (Crespo 2014) e em contextos de conflito armado (Degregori 2003; Ulfe e Pereyra Chávez 2015; Dettleff 2018). Também pretendemos dar um espaço especial à s questões metodológicas e éticas do trabalho etnográfico com memória em contextos de violência explicita (quando se produzem mortes) ou de violência sutil e naturalizada (de gênero, étnico-racial e/ou classe), de sujeitos e subjetividades vivendo em contextos limites. Contextos onde é exigido do antropólogo e da antropóloga uma atitude de compromisso e de colaboração com os seus interlocutores, sem o que a investigação e a compreensão não alcançarão níveis aceitáveis de validade inclusive entre seus pares (Leyva et al. 2015; Cardoso de Oliveira 1993). |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |