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As práticas de incubação em economia solidária surgiram no interior das universidades públicas brasileiras como programa ou projeto extensionista desde meados dos anos 1990. A partir de então, ocorreu um processo de expansão num contexto institucional favorável decorrente principalmente do surgimento da secretaria nacional de economia solidária (Senaes) em 2003 e do programa nacional de apoio à s incubadoras (Proninc) iniciado em 2004. Neste processo, tais experiências transbordaram das universidades para as esferas governamentais, influenciando o surgimento das chamadas “incubadoras públicas” de economia solidária. Este trabalho tem o objetivo de discutir o que singulariza e confere relativa unidade a esse universo de práticas de incubação com relação ao objeto e ao método. Para tanto, o texto está estruturado em duas partes, sendo uma primeira sobre a incubação em economia solidária na tradição universitária, incluindo a análise de três interfaces de relação (com a sociedade, consigo mesma e com os poderes públicos governamentais), e a segunda sobre a incubação no campo das políticas públicas, que se inicia com um panorama geral sobre o tema, seguido pela análise da incubação pública à luz da experiência emblemática dos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesols) desenvolvidas na Bahia. |