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Desde meados dos anos 2000, assistimos ao surgimento de novas formas de instituições dedicadas à produção, disseminação, preservação e conhecimento de práticas de arte performativa. Embora o desenvolvimento de coleções seja apenas uma atividade periférica nessas organizações, a coleção constitui um território propício à experimentação. Os atores envolvidos interagem com os objetos coletados, materiais ou imateriais, em suas ações artísticas, ou mesmo inventam novas formas de "fazer uma coleção". Propomos a noção de "coleção de fronteira", inspirada na sociologia interativa, a fim de mostrar que a coleção, em regime performático, prossegue e gera formas de cooperação entre diferentes mundos sociais e renova as interações entre seres humanos e objetos. Direcionando nossa atenção na Fondation du doute, no Watermill Center, no Musée de la danse, analisamos as formas de colaboração entre os atores que interagem com estas coleções, as habilidades e referências que são mobilizadas, as ferramentas que são construídas e as formas de conhecimento que são produzidas. |