EL PARADIGMA DE MODERNIZACIÓN AGRARIA COMO FUNDAMENTO DE LA PEDAGOGÍA DE LA DESIGUALDAD EN LOS MEDIOS RURALES LATINOAMERICANOS

Autor: Ferro, Silvia Lilian
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Espaço e Tempo Midiáticos; Vol. 2 No. 1 (2017): Espaço e Tempo Midiáticos; 44-61
Espacio y Tempo de los Medios; Vol. 2 Núm. 1 (2017): Espaço e Tempo Midiáticos; 44-61
Espaço e Tempo Midiáticos; v. 2 n. 1 (2017): Espaço e Tempo Midiáticos; 44-61
ISSN: 2526-5725
Popis: This essay tries to contribute to the understanding of the origin of the hierarchic asymmetries, in which South American agrarian structures are maintained and also how they made possible agro exporters national and regional models considered successful by the participation discharge of agrarian commodities in their trades balance until the present time. The analysis of the historical processes allows understood the maintenance of gender, generational and ethnic hierarchies in the South American rural spaces. In this line of thought it acquires relevance the arrival of the Green Revolution from second half of Century XX promoted by ideas of the development policy that based its expectations of conquest of the indefinite progress by means of technological innovation and modernization of political, economic and social structures. For the rural spaces this paradigm adopted the denomination of agrarian modernization. The agrarian modernization, epistemological basis for the diffusion and adoption of the technological package, was originated in the Global North. For its adoption on the part of rural communities of developing countries was used a strategic pedagogy: the rural extensionism. The National States assumed a significant role creating dependencies specialized and moving in importance to the traditional Agrarian Technical Assistance. The agrarian modernization fulfilled the expectation to increase the agricultural productivity dramatically but at the same time it deepened and it recreated gender, generational, ethnic and territorial hierarchical barriers, defrauding to those who at the time supposed that the exponential growth of wealth by means of productivity by technological innovation, jointly with one rational administration based on postulates of optimization and efficiency, would eradicate inequalities taken root in social structures, specially rural.
Este ensaio pretende contribuir para a compreensão da natureza construída históricamente, das assimetrias hierárquicas nas quais se apoiam as estruturas sócio-agrárias que permitiram modelos exportadores agrícolas da América do Sul, considerados bem sucedidos pela alta participação de commodities agrícolas em suas balanças comerciais na atualidade. A análise dos processos históricos pode explicar o surgimento e a sobrevivência nas zonas rurais das hierarquias étnicas, de gênero e geracionais na América do Sul. Nesta linha de pensamento torna-se relevante o advento da Revolução Verde, a partir da segunda metade do século XX, promovido pelos ideários do Desenvolvimentismo que basearam as suas expectativas de conquista do progresso indefinido através da inovação tecnológica e modernização das estruturas políticas, econômicas e sociais. Nas áreas rurais, essa ideologia foi chamada de modernização agrária. A modernização agrícola, base epistemológica para a divulgação e adopção do pacote tecnológico, teve origem no Norte Global. Para aceitação pelas comunidades rurais em países em desenvolvimento se usou uma pedagogia específica: o Extensionismo Rural. Os Estados Nacionais assumiram um papel de liderança através da criação de organismos estatais especializados deslocando o foco da tradicional e preexistente Assistência Técnica para a Extensão Rural. A modernização agrícola cumpriu a expectativa de aumentar expressivamente a produtividade agrícola, mas também aprofundou e recriou hierarquias étnicas, de gênero, geracionais e territoriais que frustraram as expectativas das pessoas no momento em que assumiram que o crescimento exponencial da riqueza e da produtividade, através da inovação tecnológica, juntamente com a gestão racional baseada em princípios de otimização e eficiência poderiam erradicar as desigualdades enraizadas nas estruturas sociais, especialmente rurais.  
Este ensaio pretende contribuir para a compreensão da natureza construída históricamente, das assimetrias hierárquicas nas quais se apoiam as estruturas sócio-agrárias que permitiram modelos exportadores agrícolas da América do Sul, considerados bem sucedidos pela alta participação de commodities agrícolas em suas balanças comerciais na atualidade. A análise dos processos históricos pode explicar o surgimento e a sobrevivência nas zonas rurais das hierarquias étnicas, de gênero e geracionais na América do Sul. Nesta linha de pensamento torna-se relevante o advento da Revolução Verde, a partir da segunda metade do século XX, promovido pelos ideários do Desenvolvimentismo que basearam as suas expectativas de conquista do progresso indefinido através da inovação tecnológica e modernização das estruturas políticas, econômicas e sociais. Nas áreas rurais, essa ideologia foi chamada de modernização agrária. A modernização agrícola, base epistemológica para a divulgação e adopção do pacote tecnológico, teve origem no Norte Global. Para aceitação pelas comunidades rurais em países em desenvolvimento se usou uma pedagogia específica: o Extensionismo Rural. Os Estados Nacionais assumiram um papel de liderança através da criação de organismos estatais especializados deslocando o foco da tradicional e preexistente Assistência Técnica para a Extensão Rural. A modernização agrícola cumpriu a expectativa de aumentar expressivamente a produtividade agrícola, mas também aprofundou e recriou hierarquias étnicas, de gênero, geracionais e territoriais que frustraram as expectativas das pessoas no momento em que assumiram que o crescimento exponencial da riqueza e da produtividade, através da inovação tecnológica, juntamente com a gestão racional baseada em princípios de otimização e eficiência poderiam erradicar as desigualdades enraizadas nas estruturas sociais, especialmente rurais. 
Databáze: OpenAIRE