Loucura e Periculosidade: A Linguagem do Risco

Autor: Crosara Ladir, Fernanda, Franceschini, Bruno
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Porto das Letras; Vol. 7 No. 2 (2021): Discurso, doença e risco; 159-187
Porto das Letras; v. 7 n. 2 (2021): Discurso, doença e risco; 159-187
ISSN: 2448-0819
Popis: This article aims to discuss the production of the subjectivity of the insane as a dangerous subject and to problematize the truth effects of the discourses, in the case of this study, the journalistic discourse, on the circulation of that subject in the territory. Therefore, the discussion held is anchored theoretically and methodologically in Foucault's discursive studies, especially in the philosopher's writings on madness, the disciplining of bodies and the production of subjectivity. In an archegenealogical reading key, it is discussed how the legal and medical knowledge produce discourses about what madness is and who the insane is, knowledge that characterizes the insane as a subject that must be segregated and institutionalized, given the dangerousness that presents from the perspective of such institutional discourses. The results show that the production of subjectivity of the insane as a dangerous body resides in the domains of memory and hygienist, pathological and segregationist knowledge, and, in addition to that, fear is a truth effect of the discourses of Law and Medicine on this subject.
Este artigo tem por objetivo discutir a produção da subjetividade do louco como um sujeito periculoso e problematizar os efeitos de verdade dos discursos, no caso deste estudo, o discurso jornalístico, sobre a circulação desse sujeito em território. Para tanto, a discussão realizada encontra-se ancorada teórica e metodologicamente nos estudos discursivos foucaultianos, especialmente nos escritos do filósofo sobre a loucura, a disciplinarização dos corpos e a produção de subjetividade. Em uma chave de leitura arquegenealógica, discute-se como os saberes jurídico e médico produzem discursos sobre o que é a loucura e quem é o louco, saberes esses que caracterizam o louco como um sujeito que deve ser segregado e institucionalizado, dada a periculosidade que apresenta sob a ótica de tais discursos institucionais. Os resultados apontam que a produção de subjetividade do sujeito louco como um corpo periculoso reside nos domínios da memória e de saberes higienistas, patologizantes e segregacionistas, e que o medo é um efeito de verdade dos discursos do Direito e da Medicina sobre esse sujeito.
Databáze: OpenAIRE