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Les plages de la zona Sul de Rio de Janeiro cristallisent différentes échelles de discours qui participent de la définition de corps légitimes d’une part, illégitimes d’autre part sur le sable. Cette construction discursive, qui met en adéquation une portion d’espace et un discours identitaire dominant, est territorialisante et contribue à la définition de régimes de visibilité très normés. La plage, pourtant, reste un espace pluri-vocal qui autorise paradoxalement des formes de micro-résistance pour les corps non normés. C’est là toute l’ambiguïté de l’espace même de la plage, dont les limites sont aussi voire surtout des seuils qui rendent possibles les contournements. The beaches of zona Sul in Rio de Janeiro crystallize different levels of discourses which help define both legitimate and illegitimate bodies on the sand. This discursive construction, matching a specific section of the space with a prevailing identity discourse, creates territories and shapes these very normative visibility regimes. Yet, the beach remains a pluri-vocal space that paradoxically enables forms of micro-resistance for non-normative bodies. There lies the ambiguity of the beach space in Rio, the limits of which are also – if not first and foremost – thresholds making subversion possible. As praias da zona Sul do Rio de Janeiro cristalizam diferentes escalas de discursos que participam da definição de corpos legítimos por um lado, ilegítimos por outro lado sobre a areia. Esta construção que põe em adequação uma porção de espaço e um discurso identidade dominante é territorialisante e contribui para a definição de regimes de visibilidade muito normalizados. A praia no entanto, permanece um espaço plurivocal que autoriza paradoxalmente formas de micro-resistência para os corpos não normalizados. E cá toda a ambiguidade do espaço mesmo da praia, cujos limites são também ou mesmo sobretudo, limiares que tornam possíveis os desvios. |
