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This paper explores representations of “Portugueseness” in the diasporic community of Hamburg, Germany, and unpacks the politics around a major festival featuring Portuguese folk culture held annually in the city’s Ethnographic Museum. A central question is how arguments about this form of national self-representation have, over the past four decades, played out within the migrant community, the wider field of German society, and the still wider transnational nexus of Portugal and the Portuguese diaspora. While these folkloric representations of Portuguese culture have heightened the visibility and pride of the Portuguese migrant community, they have also, simultaneously, helped to conceal conflict, contemporary agency, and persistent forms of inequality. Highly visible folkloric performances in a prestigious German space were not, in this case, accompanied by increased access to political power. O artigo explora as representações da “portugalidade” na comunidade diaspórica de Hamburgo, na Alemanha, e descobre as implicações políticas de um grande festival dedicado à cultura popular portuguesa que ocorre anualmente no Museu Etnográfico da cidade. No centro da análise está a questão de como alguns debates sobre esta forma de auto-representação nacional se reflectiram no seio da comunidade migrante, no campo mais vasto da sociedade alemã e na articulação transnacional, ainda mais vasta, de Portugal com a diáspora portuguesa. Embora as representações folclóricas da cultura portuguesa tenham conferido maior visibilidade e orgulho a esta comunidade migrante, contribuíram, simultaneamente, para silenciar o conflito, a agencialidade contemporânea e formas de desigualdade que persistem. No caso estudado, as práticas folclóricas desenvolvidas num prestigiado espaço alemão e dotadas de grande visibilidade não corresponderam a qualquer aumento do acesso ao poder político. |
