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Motivados pelo objetivo de reunir e comparar versões sobre os significados e implicações do giro metodológico ocorrido na Geografia, entre os anos 1960 e 1970, apresentamos aqui uma amostra de depoimentos coletados junto a três importantes protagonistas da mudança científica em território francês. Entendemos que o valor dessas representações pessoais acerca dos episódios de época reside no fato de que elas, embora resultem de experiências singulares e possíveis idiossincrasias, por derivarem de uma apreciação reflexiva a posteriori (já distanciada daquele período), são muito úteis tanto para demonstrar os caracteres gerais do câmbio de paradigma (pela eventual confluência de suas impressões), quanto para atestar as ambiguidades inerentes (pelos virtuais dissensos). Nesta segunda parte, apresentamos o testemunho de Joël Charre, o qual provou deter ao menos uma função elucidativa: o fato de ter convivido (em conjunturas e por motivos específicos) com Chamussy e Brunet, esse personagem nos fornece um relato que corrobora certas interpretações sobre o movimento, mas também possibilita realçar a discrepância entre alguns imaginários. Motivés par l’objectif de rassembler et de comparer des versions sur les significations et les implications du tournant méthodologique chez la Géographie, entre les années 1960 et 1970, nous présentons ici un échantillon de témoignages recueillis auprès de trois importants protagonistes du changement scientifique en France. Nous comprenons que la valeur de ces représentations personnelles à propos des épisodes de l’époque réside dans le fait que, bien qu’elles résultent d’expériences singulières et possiblement idiosyncratiques, vue qu’elles découlent d’une appréciation réflexive a posteriori (c’est-à-dire, déjà éloignée de la période en question), elles sont très utiles pour démontrer les caractéristiques générales du changement de paradigme (via confluence de leurs impressions), aussi bien que pour attester des ambiguïtés inhérentes (via virtuelle discordance). Dans cette deuxième partie, nous présentons le témoignage de Joël Charre, lequel s’est avéré très éclairant. Et pour une raison spécifique: puisqu’il a eu un partenariat (dans des conjonctures respectives) avec Chamussy et Brunet, ce personnage nous donne un récit qui corrobore des interprétations à propos du mouvement, mais permet également de mettre en évidence un certain contraste entre regards. Motivated by the objective of gathering and comparing versions about the meanings and implications of the methodological turn in Geography, between the 1960s and 1970s, we present here a sample of testimonies collected from three important protagonists of scientific change in France. We understand that the value of these personal representations about the events of that time lies in the fact that, although they result from singular experiences and possible idiosyncrasies, because they derive from a posteriori reflexive appreciation (already distanced from that period), they are very useful both to demonstrate the general characters of the paradigm shift (by the possible confluence of their impressions), and to attest the inherent ambiguities (by virtual dissent). In this second part, we present the testimony of Joël Charre, which was very enlightening. And for a specific reason: since he had a partnership with Chamussy and Brunet (for a while and in particular conjunctures), this character gives us a narrative that corroborates certain interpretations about the movement, but also makes possible to highlight some discrepancy of impressions about it. |