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Rattaché à l’Université fédérale de Rio de Janeiro, le Musée National a été ravagé par un tragique incendie quelques mois après avoir fêté son bicentenaire, en 2018. C’est la plus ancienne des institutions scientifiques du Brésil. Son fonds recèle de nombreuses histoires. Cet article analyse la trajectoire de la collection Quintino Pacheco et de la jangada Libertadora, toutes deux incorporées dans la dernière décennie avant l’abolition de l’esclavage et directement liées à la lutte pour la liberté. La vie sociale de ces pièces est révélatrice des actions humaines qui leur ont attribué des significations. Je souhaite montrer ici comment différents acteurs ont remis en question leur valeur. O Museu Nacional pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro e sofreu um trágico incêndio poucos meses depois de comemorar seu bicentenário em 2018. Trata-se da instituição de ciência mais antiga do Brasil. Seu acervo é revelador de muitas histórias. Este artigo analisa a trajetória da Coleção Quintino Pacheco e da jangada Libertadora, ambas reunidas ao acervo do museu na última década da escravidão e diretamente ligadas à luta pela liberdade. A vida social dessas coisas é reveladora das ações humanas que lhes deram significações e é de nosso interesse entender como diferentes atores colocaram o valor desses objetos em disputa. The National Museum belongs to the Federal University of Rio de Janeiro and suffered a tragic fire a few months after celebrating its bicentennial in 2018. It is the oldest science institution in Brazil. Its collection reveals many stories. This article analyzes the trajectory of the Quintino Pacheco Collection and the Libertadora raft, both gathered in the last decade of slavery and directly related to the struggle for freedom. The social lives of these artifacts reveal the human actions that gave them meaning and it is in our interest to understand how different actors place the value of these objects in dispute. |