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Esta reflexão tem como grande propósito contribuir para o estudo e aprofundamento do fenómeno dos grupos de leitura de adultos em Portugal. Independentemente da nomenclatura adoptada – “Comunidades de Leitores”, “Clubes de leitura”, “Círculos de leitura” ou “Grupos de leitura” –, têm como princípios norteadores da sua actividade a difusão e promoção do livro e da leitura. Estes grupos emergiram no início deste século e por acção do, então denominado, Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. Passada quase uma década a realidade é necessariamente diferente: acentua-se a importância e autonomia das bibliotecas públicas na concepção e desenvolvimento dos grupos de leitura. Intenta-se, aqui, efectuar um estudo comparado entre grupos de leitura desenvolvidos em bibliotecas públicas e em livrarias, entre 2007 e 2009 na área metropolitana do Porto. Está-se na presença de uma mesma realidade, que no fundo envolve duas vertentes – bibliotecas públicas e livrarias –, passíveis de evidenciar modelos, dinâmicas e objectivos diferenciados. Este diálogo é duplamente importante: permitirá fazer um ponto de situação e reflectir sobre o futuro dos grupos de leitura nas bibliotecas, equacionando a possibilidade de criação de sinergias com as livrarias. Atentar-se-á, assim, ao modo de funcionamento destes grupos de leitura atendendo, sobretudo, aos elementos constitutivos do modelo desenhado e desenvolvido por cada um dos referidos grupos. As questões que merecem maior acuidade prendem-se com: as condições de acolhimento/logística; a orgânica de funcionamento; o perfil do líder/orientador; o tipo de público, e particularidades distintivas. This reflection has as great purpose contribute to the study and to the bottom of the reading’s group phenomena in Portugal. Independently of the adopted terminology “reader’s communities”; “reading clubs”; “reading circles”, or “reading groups”, they have as guidance principal of its activities the diffusion and promotion of the book and reading it’s self. Those emerged in the beginning of this century, mostly due to the action of the “Instituto Português do Livro e das Bibliotecas” (Portuguese Institute of Book and Libraries). One decade after, the reality is necessarily different: there is a greater importance and autonomy of the public libraries in the conception and developing of the reading groups. The intention is to do a compared study between reading groups carried out in public’s libraries and book shops, between 2007 and 2009 in the metropolitan area of Porto. We are in the presence of a same reality which involves two slopes – public libraries and book shops –, susceptible to make clear models, dynamics and perhaps differentiated objectives. This dialogue is twice important: allow us to make a situation point and reflecting about the future of the public libraries reading groups, pointing out the possibility of cooperating with book shops. We’ll pay attention to the way how reading groups functioning, considering, mainly the constitutive elements of the model draw and developed of each reading group. The most important questions to considerer here are: reception/logistics conditions; the organic of the functioning; the leader profile; public type, and distinctive particularities. |