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A presente dissertação visa explorar o impacto da flexibilidade psicológica nos comportamentos agressivos dos adolescentes, bem como se esse impacto é mediado por pensamentos automáticos. Investigará, ainda, se o modelo explicativo do comportamento agressivo é aplicável para ambos os sexos. A amostra foi constituída por 155 participantes de duas escolas do norte do país, com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos de idade (M = 13.3; DP = 1.07), sendo 58,1% do sexo feminino. Responderam a um protocolo constituído por um questionário sociodemográfico, e questionários de autorrelato que avaliaram a prática e comportamento agressivo, a inflexibilidade psicológica e a frequência de pensamentos automáticos. Os resultados obtidos mostram que o impacto da flexibilidade psicológica nos comportamentos agressivos é totalmente mediado pela presença de pensamentos automáticos desadaptativos: níveis superiores de inflexibilidade psicológica preveem estes pensamentos, que por sua vez, preveem a adoção de comportamentos agressivos. Foi obtida variância total deste momento entre sexos, ao nível configuracional e métrica e, invariância parcial ao nível dos interceptos: o modelo é aplicável à explicação da prática de comportamento agressivo de rapazes e raparigas, pese embora existem diferenças na intensidade com que as variáveis se expressam por sexo. O sexo feminino apresenta níveis superiores de inflexibilidade psicológica, enquanto o sexo masculino apresenta maior prática de comportamentos agressivos das formas aberta e reputacional e, maior hostilidade ao nível dos pensamentos automáticos. Variáveis externas ao estudo podem ter-se refletido nos resultados obtidos. O estudo contribuiu para explicar teoricamente os construtos analisados, na adolescência, podendo ser uma motivação para o desenvolvimento de instrumentos de avaliação e intervenção psicológica, direcionados a esta população-alvo. The present dissertation aims to explore the impact of psychological flexibility on adolescents' aggressive behaviors, as well as whether this impact is mediated by automatic thoughts. It will also investigate whether the explanatory model of aggressive behavior is applicable for both sexes. The sample consisted of 155 participants from two schools in the north of the country, aged between 12 and 16 years of age (M = 13.3; SD = 1.07), with 58.1% being female. They responded to a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, and self-report questionnaires that assessed aggressive behavior and practice, psychological inflexibility and the frequency of automatic thoughts. The results obtained show that the impact of psychological flexibility on aggressive behaviors is entirely mediated by the presence of maladaptive automatic thoughts: higher levels of psychological inflexibility predict these thoughts, which in turn predict the adoption of aggressive behaviors. Total variance of this moment was obtained between sexes, at the configurational and metric level, and partial invariance at the intercepts level: the model is applicable to the explanation of the practice of aggressive behavior by boys and girls, although there are differences in the intensity with which the variables are expressed by sex. Females show higher levels of psychological inflexibility, while males show greater practice of aggressive behavior in the overt and reputational ways, and greater hostility in terms of automatic thoughts. Variables external to the study may have been reflected in the results obtained. The study contributed to theoretically explain the analyzed constructs, in adolescence, and may be a motivation for the development of psychological assessment and intervention instruments, aimed at this target population. |