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Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Energia e Sustentabilidade. Com a maior concentração de pessoas e serviços nos centros urbanos, observa-se a intensificação de problemas relacionados à mobilidade, acessibilidade, moradia, acesso à infraestrutura urbana, segurança, lazer, turismo, saneamento básico e sustentabilidade. Em resposta à necessidade de eficiência e sustentabilidade nesses centros urbanos, no século XXI, surgiu uma tendência de desenvolvimento e gestão urbana em que há integração das Tecnologias de Informação e Comunicação para otimizar e auxiliar na tomada de decisões na gestão dos serviços públicos. Como as Cidades Inteligentes (CI) integram o sistema social, físico e digital, elas permitem um modelo de gestão governamental participativo. Destinos turísticos, que incluem indicadores de CI à sustentabilidade e tecnologia nas fases da cadeia de valor do turismo como estratégia, criam um desenvolvimento sustentável baseado nas limitações e capacidades locais, além de potencializar a inserção da tecnologia em toda a relação de valor do destino turístico. Nesse contexto, esta tese apresenta um conjunto de indicadores para Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) brasileiros para auxiliar na definição de metas de longo prazo, a partir da análise dos indicadores de DTI definidos pela Sociedad Mercantil Estatal para la Gestión de la Innovación y las Tecnologías Turísticas (SEGITTUR) e das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas de Cidades Inteligentes e Resilientes, aplicando como técnica de análise o Método Analytic Hierarchy Process (AHP). Como resultado, foram definidos 134 indicadores, compostos por 53,7% de indicadores de Destinos Turísticos Inteligentes, 48,5% de indicadores da norma brasileira de Cidades Inteligentes e 12,7% da norma brasileira de Cidades Resilientes. Estes indicadores foram distribuídos em seis critérios e 12 subcritérios: Pessoas (População e Educação, e Inovação); Governança (Governança e Planejamento Urbano); Qualidade de Vida (Serviços Públicos e Sociais, e Sistemas de Informação); Economia (Economia e Finanças, Turismo Inteligente e Marketing On-line); Ambiente Sustentável (Sustentabilidade); e Mobilidade (Transporte e Acessibilidade, e Telecomunicações e Sensoriamento). O Modelo DTI-BR auxilia na transformação dos destinos turísticos, adaptando os indicadores internacionais de DTI (SEGITTUR) para a realidade brasileira utilizando as normas ABNT relacionadas aos temas de cidades inteligentes e resilientes. A cidade de Foz do Iguaçu, utilizada como estudo de caso neste trabalho, é um destino turístico que está iniciando um planejamento municipal direcionado à temática proposta, assim como políticas públicas que dispõem de indicadores em uma concepção de DTI. A aplicação do modelo em Foz do Iguaçu mostrou que o município precisa melhorar seus indicadores para ser considerado um Destino Turístico Inteligente, pois somente o critério Economia atendeu a mais de 50% dos indicadores. |