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Num mundo em que os fenómenos de rápida mudança social, económica, tecnológica e política têm levado as organizações, a rever os conceitos tradicionais em que assentavam a sua atividade, pondo em causa os modelos de funcionamento usualmente aceites, baseados na estabilidade e na previsibilidade dos resultados, levando-as a repensar estratégias para uma maior sustentabilidade financeira, no surgimento de novas necessidades sociais decorrentes do atual contexto de crise económico. Nesta linha de pensamento, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) surgem neste contexto de incertezas e inseguranças no âmbito social e económico como um contributo fundamental na oferta de serviços sociais, nas zonas geográficas de maior carência, oferecendo um conjunto de serviços coletivos aos cidadãos mais vulneráveis à exclusão social. Considera-se assim relevante um adequado mecanismo de controlo interno para a sobrevivência destas instituições, e uma mais-valia para o panorama económico que o nosso país atravessa. A adoção de mecanismos de controlo que permitam identificar e gerir os riscos, de forma pró-ativa, constitui atualmente uma necessidade permanente em qualquer organização. Mudanças no ambiente operacional, a entrada de novos recursos humanos e a introdução de novos normativos legais, são exemplos de circunstâncias que constituem fatores de intensificação dos riscos, que se tornam necessários controlar. Face ao exposto, pareceu-nos pertinente tomar como objeto de estudo uma IPSS do distrito de Braga. Assim, para responder aos objetivos estabelecidos optou-se por um estudo de caráter qualitativo, tendo sido utilizado como instrumentos de pesquisa a observação direta participante e não participante e o inquérito por questionário. Ressalva-se o facto do anonimato da IPSS, por uma questão legal da proteção de dados. O presente estudo tem como objetivo analisar se a IPSS ABC tem ou não um sistema de Controlo Interno (CI), aferir se o mesmo é adequado e apontar melhorias em caso necessário. Os resultados do estudo apresentam algumas lacunas no controlo interno dos procedimentos de gestão, com maior destaque nos procedimentos das compras e da gestão e dos recursos humanos, apontando para a existência de muitas oportunidades de melhoria. |