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O envelhecimento da população como fenómeno global não pode ser analisado como um problema das sociedades modernas, mas sim, como um ponto de chegada do desenvolvimento humano. Para clarificar este fenómeno e as questões da longevidade que são intrínsecas ao mesmo, as instâncias governamentais, ao longo dos tempos, têm discutido e concertado políticas e estratégias que assegurem uma melhor qualidade de vida e bemestar das pessoas mais idosas, através de práticas assentes num envelhecimento ativo, saudável e socialmente relevante. É nesta mudança de mentalidade política e de reflexão acerca da velhice, que surgem as universidades seniores enquanto estruturas promotoras de envelhecimento ativo e de bem-estar físico, mental e social. As mesmas têm sido alvo de diversos estudos que pretendem a aprofundar e a avaliar a correlação existente entre o modelo de funcionamento e as dinâmicas promotoras de qualidade vida e bem-estar do seu público. No entanto, as universidades seniores para além de contextos favoráveis de bem-estar, são estruturas socioeducativas que desenvolvem processos de capacitação e de valorização da pessoa idosa. A presente investigação, assente num estudo de caso, pretendeu analisar e compreender a Universidade Sénior de Alcácer do Sal enquanto elemento indutor de desenvolvimento local. No sentido de responder à premissa da investigação e de obter conclusões representativas do objeto de estudo, foram aplicados instrumentos de recolha de informação. O inquérito por questionário, enquanto instrumento de pesquisa central e de abordagem mista, permitiu traçar, de forma genérica, o perfil social dos alunos e projetar a USAS enquanto estrutura promotora de envelhecimento ativo e de desenvolvimento local. Por sua vez, a entrevista de focus group, enquanto instrumento de abordagem qualitativa, promoveu um debate em torno da atual dinâmica e sobre as linhas futuras de intervenção. |
