Maturaçao fisiológica, tolerância a dessecaçao e conservaçao de sementes de lauráceas da mata de araucária de Santa Catarina

Autor: Hirano, Elcio
Přispěvatelé: Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Agrárias. Programa de Pós-Graduaçao em Agronomia, Possamai, Edilberto
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2012
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFPR
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
Popis: Sementes recalcitrantes de canela fogo (Cryptocaria aschersoniana), canela guaicá (Ocotea puberula), canela imbuia (Nectandra megapotamica), canela sassafrás (Ocotea odorifera) e imbuia (Ocotea porosa), oferecem dificuldades na coleta por apresentarem árvores de grande altura e após a queda natural tem rápida deterioração por insetos. Pela desuniformidade de maturação dos frutos, fazem-se necessárias várias intervenções de coleta de sementes em árvores doadoras, às vezes situados em locais de difícil acesso. A conservação da semente é difícil por apresentar alto teor de umidade, intolerância à dessecação, baixo período de viabilidade. Este trabalho de pesquisa foi dividido em três partes: sendo a primeira, para determinar se a coloração do fruto serve como indicador de maturação fisiológica de semente para possibilitar a coleta diretamente na árvore sem a necessidade de aguardar a maturação completa do fruto. A segunda parte, foi verificar se a conservação das sementes em três tipos de armazenamento; câmara fria a 4 0C e 85% de umidade relativa (UR); refrigerador a 10 0C e em ambiente natural a média de 22 0C e 68% de UR, poderia aumentar o período de viabilidade. A terceira parte objetivou-se determinar os níveis críticos e letais de umidade da semente, com a finalidade de possibilitar a redução de umidade sem perda de viabilidade para possibilitar o aumento do período de conservação, devido a redução de ataque de fungos e atividade biológica. As sementes das cinco espécies foram coletadas na região norte de Santa Catarina, latitude 260 10’ 38”S, longitude 500 23’ 24”W e altitude média 800 m. Na primeira parte, os resultados mostraram que para todas as outras espécies estudadas, as sementes oriundas de frutos verdes apresentaram germinação. Sendo que, para canela sassafrás, deve-se coletar quando a umidade da semente esteja abaixo de 57,3%, para canela guaicá entre 34,1% a 40,2% de umidade e imbuia abaixo de 63,2% de umidade. Para a canela imbuia, canela guaicá e imbuia, o fruto verde sofre menor ataque de insetos que danificam a semente, em relação a fruto maduro e fruto caído. Na segunda parte, a conservação das sementes embaladas em sacos plásticos de 50 micras ou 0,05 mm e 8 furos de 0,2 cm de diâmetro, nas cinco espécies estudadas, mostrou que em todos os casos a câmara fria a temperatura de 40C e 85% de UR manteve a viabilidade por maior período. Seguido pela conservação em refrigerador doméstico a 100C e 60% UR, e o de pior conservação foi em condição ambiente com temperaturas variáveis em média de 22 0C e 68% UR. A canela sassafrás, manteve a viabilidade até 136 dias; enquanto que a canela fogo por 165 dias; a canela guaicá por 272 dias; a imbuia por 238 dias e a canela imbuia por 216 dias em conservação nas condições de câmara fria. A terceira parte mostrou, que os níveis críticos (NCU) e letal (NLU) de umidade para vigor e germinação das sementes, medidas em dois substratos, que para canela fogo a perda acentuada do poder germinativo iniciou em 27,5% a 31,1%, a perda total iniciou entre 22,8% a 25,8%. Para canela guaicá, o NCU iniciou aos 30,0% a 32,2%, e o NLU entre 21,9% a 23,5%. Para canela imbuia, o NCU iniciou aos 21,0% a 23,8%, o NLU não pode ser determinado. Para canela sassafrás o NCU iniciou em 35,1% a 33,3% e o NLU aos 16,7% e para a imbuia o NCU iniciou em 26,1% a 30,2%, enquanto que o NLU iniciou aos 13,3% a 20,4%.
Databáze: OpenAIRE