A crise política de 1720: conflitos jurisdicionais e cultura do Antigo Regime na administração da Capitania do Rio Grande do Norte
Autor: | Lira, Abimael Esdras Carvalho de Moura |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2017 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) Universidade Federal do Ceará (UFC) instacron:UFC |
Popis: | In the municipality of Crato, state of Ceará, it was formed under the leadership of a poor black beato, a pilgrim, like so many others from the northeastern backwood, called José Lourenço, a community called "Santa Cruz do Deserto", known as "Caldeirão do beato José Lourenço". Having as main characteristics the work and the faith, it awoke in the Church and local elite the distrust that a communist community was organized there. Afraid that it would become a new "Canudos" they are allied themselves with the state government to promote a defamatory, prejudiced, campaign dedicated to destroying the community and your leader. This article intends to analyze, therefore, how such discourses were disseminated through the press of the country. Given the considerable amount of newspapers that addressed the theme at the time, we try to bring only a sample of what was formulated in two distinct moments: the invasion of the community and the dispersion of the inhabitants of the lieutenant Jose Góis de Campos Barros in 1936 and the confrontation with the remnants that were sheltered in the Araripe mountain range, headed by Captain José Bezerra, resulting in his death, of his son and five more soldiers, the beato Severino Tavares and dozens of peasants in 1937. No município de Crato – CE formou-se sob a liderança de um beato negro, pobre, peregrino como outros tantos do sertão nordestino, de nome José Lourenço, uma comunidade denominada “Santa Cruz do Deserto”, conhecida como “Caldeirão do beato José Lourenço”. Tendo como principais características o trabalho e a fé, despertou na Igreja e elite local a desconfiança de que ali se organizava uma comunidade comunista. Com medo de que se tornasse uma nova Canudos, aliaram-se ao governo do Estado para promover uma campanha difamatória, preconceituosa, dedicada a destruir a comunidade e o seu líder. Esse artigo pretende analisar, portanto, como tais discursos foram disseminados através da imprensa do país. Dado o considerável montante de jornais que abordaram o tema na época, intenta-se trazer apenas uma mostra daquilo que se formulou em dois momentos distintos: a invasão da comunidade e a dispersão dos habitantes pelas tropas do tenente José Góis de Campos Barros em 1936 e o confronto com os remanescentes que se abrigaram na serra do Araripe, chefiado pelo capitão José Bezerra, resultando em sua morte, do seu filho e de mais cinco soldados, do beato Severino Tavares e dezenas de camponeses em 1937. |
Databáze: | OpenAIRE |
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