Mecanismos envolvidos na manutenção de inquilinismo obrigatório em ninhos de cupins
Autor: | Cruz, Joseane Santos |
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Přispěvatelé: | Araújo, Ana Paula Albano |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFS Universidade Federal de Sergipe (UFS) instacron:UFS |
Popis: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Resource defense is a hallmark characteristic in animal kingdom. Eusocial insect nests facilitate the survival, maintenance and success of their colonies. Contrastingly, these nests are highly attractive environments for several other species. Termites of Inquilinitermes genus are specific obligate inquilines of Constrictotermes sp. (hosts) nests. Studies suggest that this relationship seems to be maintained via spatial segregation of cohabitants within the nests. In this study, we described how the cohabitation system Constrictotermes sp. x Inquilinitermes microcerus in Sergipe state differs from those observed in other Brazilian regions. Additionally, we analyzed whether the mechanisms involved in cohabitation are related to cues habituation or colony avoidance within the nests. We conducted aggressiveness and odor choice bioassays (body and intestinal) in host-inquiline pairings from the same and different nests. Our results showed that all sampled nests were epigeal and their dark walls (where the inquilines aggregate) are uniformly distributed, different from the pattern observed in other regions. Cohabitation was more likely to occur in nests larger than 20.07 L. No aggressive behavior was observed between host and inquiline, whether coming from the same or different nests. Both species had died quickly when kept in close contact with each other. Interspecific mortality was higher among hosts and inquilines from distant nests than among those from nests in the same location. Hosts were attracted to the inquiline body odor; while inquilines showed attraction to the intestinal and body host odor. In conclusion, our results suggest that there is host-inquiline recognition; however, without aggressiveness. This result could be explained by odor camouflage by the inquiline, as well as odor habituation by the host. Our results can contribute to a better understanding of the mechanisms involved in species coexistence in the small scale of nests. A defesa de recursos é uma característica marcante no reino animal. Ninhos de insetos eussociais facilitam a sobrevivência, manutenção e sucesso de suas colônias. Por outro lado, esses ninhos consistem em ambientes altamente atrativos para várias outras espécies. Cupins do gênero Inquilinitermes são inquilinos obrigatórios específicos de ninhos de Constrictotermes sp. (hospedeiros). Estudos sugerem que essa relação parece ser mantida via segregação espacial dos coabitantes dentro dos ninhos. No presente estudo, descrevemos como o sistema de coabitação Constrictotermes sp. x Inquilinitermes microcerus em Sergipe se difere daqueles já observados em outras regiões brasileiras. Adicionalmente, analisamos se os mecanismos envolvidos na coabitação estão relacionados à habituação de pistas ou evitação das colônias dentro dos ninhos. Para isso, bioensaios de agressividade e de escolha de odores (corporal e intestinal) foram conduzidos em pareamentos hospedeiro-inquilino provenientes de mesmo e de diferentes ninhos. Nossos resultados mostraram que os ninhos amostrados foram todos epígeos e que suas paredes escuras (onde os inquilinos se agregam) são uniformemente distribuídas, diferente do padrão observado em outras regiões. A coabitação apresentou maior probabilidade de ocorrência em ninhos com tamanho acima de 20,07 L. Não foram observados nenhum comportamento de agressividade entre hospedeiro e inquilino, sejam provenientes de mesmos ou de diferentes ninhos. Ambas as espécies morreram mais rapidamente quando mantidas em contato próximo entre si. A mortalidade interespecífica foi maior entre hospedeiros e inquilinos de ninhos distantes, do que entre aqueles provenientes de ninhos de um mesmo local. Os hospedeiros foram atraídos para o odor corporal dos inquilinos; enquanto esses mostraram atração para o odor intestinal e corporal do hospedeiro. Concluindo, nossos resultados sugerem haver reconhecimento hospedeiro-inquilino, porém sem agressividade. Este resultado poderia ser explicado por camuflagem de odores por parte do inquilino, assim como habituação de odores por parte do hospedeiro. Nossos resultados podem contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na coexistência de espécies na reduzida escala dos ninhos. São Cristóvão, SE |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |