Do gozo ao mais de gozar
Autor: | Souto, Luís Adriano Salles, Sgarioni, Matheus Minella, D'Agord, Marta Regina de Leão |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2014 |
Zdroj: | Clínica & Cultura; Vol. 3 No. 1 (2014); 34-44 Clínica & Cultura; Vol. 3 Núm. 1 (2014); 34-44 Clínica & Cultura; v. 3 n. 1 (2014); 34-44 Clínica & Cultura Universidade Federal de Sergipe (UFS) instacron:UFS |
ISSN: | 2317-2509 |
Popis: | Este trabalho analisa o gozo como um conceito psicanalítico cuja primeira formulação, em Freud (1913), tomou a forma de um mito: o mito de um gozo absoluto pelo pai da horda primitiva. Esse mito, é necessário que se ressalte, já anunciava elementos estruturais que seriam fundamentais para a formulação, por Lacan, do conceito de gozo. Neste artigo, mostramos que, inicialmente, Lacan concebia o conceito de gozo através de uma analogia com a segunda lei da termodinâmica, a entropia. No entanto, quando Lacan formulou que (1) não há gozo do Outro, pois este não possui ser; (2) o Outro é um terreno do qual se limpou o gozo; iniciava-se uma nova concepção de gozo, não mais dependente de uma analogia com a termodinâmica, mas fundada em uma homologia. Lacan renomeava o gozo como mais-de-gozar e estabelecia uma homologia entre o mais-de-gozar e a mais-valia. Lacan estava elaborando uma estrutura discursiva cuja vertente econômica Marx havia revelado. Esse abandono da analogia não acontecia apenas graças à referência marxista, mas constituía também o percurso de uma pesquisa que resultou na elaboração topológica do conceito de objeto, da qual advém a criação do termo êxtimo como o que conjuga o íntimo com a exterioridade radical. |
Databáze: | OpenAIRE |
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