Tensions and potencies in the care of women diagnosed with cervical cancer: an ethnographic study

Autor: Gomes, Rosilene Souza
Přispěvatelé: Heilborn, Maria Luiza, Russo, Jane Araujo, Aureliano, Waleska de Araújo, Lerner, Kátia, Menezes, Rachel Aisengart
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
Popis: Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2020-08-02T16:55:12Z No. of bitstreams: 1 Rosilene Gomestese_final.pdf: 2187892 bytes, checksum: d590a611da4b7d9b519bf73913ad1c79 (MD5) Made available in DSpace on 2020-08-02T16:55:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rosilene Gomestese_final.pdf: 2187892 bytes, checksum: d590a611da4b7d9b519bf73913ad1c79 (MD5) Previous issue date: 2017-05-29 This thesis deals with the tensions between various institutional dimensions and possibilities produced in the care of women diagnosed with cervical cancer based on ethnography in a reference institution for the treatment of gynecological cancer. The aim is to analyze how the autonomy ideal in the treatment process of the disease materializes in everyday and particular situations in which decision-making is effectively carried out by professionals and patients. An outline of the disease and the history of explanations and interventions constructed by biomedicine for the treatment was drawn. This analysis showed that not only biomedical technologies and knowledge but also the ways therapies are offered by health policies and services were modeled using the references of the global North. When these standards are exported to places with diverse sociocultural characteristics, they generally ignore the differences in the model of person and the experiences with health, disease and care. The analysis of the practices in the field of research reveals a myriad of tensions and potentialities. The tensions refer to the conflicts between the set of ideas about patient autonomy and the paternalistic model of interaction; to the ways care is offered in the institution; to the difficulties in translating medical information to the patients deprived of educational capital; to reporting difficult cancer news; to the treatment protocols, whose effects remain throughout the patients life, in the material and symbolic senses; to gender issues. Potencies are found in the particular production of care. It is concluded that critical analyzes on health actions should not reaffirm autonomy as a model of individual and self-determined choice, escaping from reflections on the modes of biomedical regulation produced in this field. It is necessary to include the prescriptions, the social actors involved in these productions and to what extent they consider the agency, desires and values of the patients, which in turn are updated and modulated from an inescapably social matrix. Esta tese versa sobre as tensões entre diversas dimensões institucionais e possibilidades produzidas no cuidado a mulheres acometidas por câncer de colo de útero a partir de etnografia em uma instituição de referência para o tratamento do câncer ginecológico. O objetivo é analisar como se materializa o ideal de autonomia no processo de tratamento para a doença, em situações cotidianas e singulares, nas quais a tomada de decisões é efetivamente exercida por profissionais e pacientes. Foi traçado um panorama sobre a doença e a história das explicações e intervenções construídas pela biomedicina para o tratamento. Essa análise evidenciou que as tecnologias e saberes biomédicos, além das formas como as terapias são ofertadas nas políticas e serviços de saúde, foram modeladas pelos referenciais do Norte global. Quando esses padrões são exportados para locais com características socioculturais diversas, em geral ignoram os diferenciais no modelo de pessoa e experiências de saúde, doença e cuidado. A análise das práticas no campo de pesquisa revela uma miríade de tensões e potencialidades. As tensões referem-se aos conflitos entre o ideário de autonomia do paciente e o modelo de interação paternalista; às formas como o cuidado é oferecido na instituição; às dificuldades de tradução das informações médicas às pacientes destituídas de capital escolar; à comunicação de notícias difíceis relativas ao câncer; aos protocolos de tratamento, cujos efeitos permanecem ao longo da vida das pacientes, nos sentidos material e simbólico; às questões de gênero. As potências encontram-se na produção singular do cuidado. Conclui-se que as análises críticas sobre as ações de saúde não devem positivar a autonomia, entendida como modelo de escolha individual e autodeterminada, escapando de reflexões sobre os modos de regulação biomédica produzidos nesse campo. É necessário incluir as prescrições, os atores sociais envolvidos nessas produções e em que medida elas consideram a agência, desejos e valores das pacientes, que por sua vez são atualizados e modulados a partir de uma matriz inescapavelmente social.
Databáze: OpenAIRE