O Itamaraty e os chanceleres não diplomatas do período pós-1964:expertise, ethos corporativo e insulamento burocrático na produção da política externa brasileira/Raquel Queiroz de Souza ; orientador: Carlos Aurelio Pimenta de Faria
Autor: | Souza, Raquel Queiroz de |
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Přispěvatelé: | Faria, Carlos Aurélio Pimenta de,1964-Orientador, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais Instituição |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2013 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_MINAS Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS) instacron:PUC_MINS |
Popis: | Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Prog Pos-Grad em Relacoes Internacionais - Ppg. Bibliografia: f. 106-113 Resumo: Se, por um lado, o Itamaraty, enquanto integrante da Administração Direta, é, antes de tudo, longa manus do Estado, submetido ao poder do chefe do Executivo que detém a competência originária sobre a matéria de política externa, de modo que o Itamaraty não está imune às interferências do chefe do Executivo; por outro, o processo de burocratização ocorrido em meados do século XX foi salutar para a consolidação do ethos corporativo, da expertise e do insulamento do Itamaraty, que por sua vez foram convertidos em características institucionais importantes da corporação frente a outros atores, assegurando-lhe, muitas vezes no passado recente, o papel de principal formulador de Política Externa Brasileira, notadamente no pós-1964. Diante desse aparente confronto entre subordinação hierárquica e autonomia funcional, o Itamaraty mantém-se como uma instituição forte e coesa, de existência longeva e estável dentro do organograma federal. Dentre outras razões, isso pode ser explicado pela maneira hábil como ele tem feito uso da referida expertise, insulamento burocrático e ethos corporativo para defender os interesses, as percepções e preferências tradicionais da Casa contra ameaças externas, fazendo prevalecer ou restaurando a visão da Casa acerca dos interesses nacionais, conforme pode ser visualizado nos três episódios em que o Itamaraty sofreu interferências na condução da PEB por chanceleres não diplomatas nomeados após 1964. Abstract: If on the one hand, Itamaraty while part of Direct Administration is before all longa manus of the State, submitted to the power of the Executive, which detains original competency over foreign affair disciplines, is not immune to the head of the Executive interferences, on the other hand, the process of bureaucratization occurred in the middle of the XX century was essential for the consolidation of the corporative ethos, expertise and insulation of Itamaraty, which by its turn were converted in important institutional features of the corporation face of other actors, assuring many times, in the recent past, the role of the most important creator of Brazilian Foreign Affairs, especially after 1964. Considering this apparent confrontation between hierarchical subordination and functional autonomy, Itamaraty has been kept as a strong and cohesive institution of lasting and stable existence inside the federal organizational chart. Beside other reasons, this may be explained by the capable way Itamaraty makes use of the referred expertise, bureaucratic insulation and corporative ethos to defend his interests, perceptions and traditional preferences against external threats, helping to prevail or restoring the view of the institution regarding national interests, as it can be seen on three episodes showed in this work on which Itamaraty has suffered interferences while conducting the Brazilian Foreign Policy through non-diplomat ministers post 1964. |
Databáze: | OpenAIRE |
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