Impacto do microbioma oral no desfecho clínico de pacientes submetidos ao transplante alogênico de células progenitoras hematopoiéticas
Autor: | Molla, Vinicius Campos de [UNIFESP] |
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Přispěvatelé: | Silva, Celso Arrais Rodrigues da [UNIFESP] |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UNIFESP Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
Popis: | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Introdução: Estudos recentes demonstraram que a composição e a diversidade da composição do microbioma intestinal regula a resposta imune e pode influenciar os desfechos do transplante de células tronco hematopoiéticas alogênico (TCTH). Entretanto, há poucos estudos sobre o impacto do microbioma oral (MO) nos resultados do TCTH. Objetivos: Avaliar mudanças do MO durante o TCTH e analisar o impacto do MO nos desfechos do TCTH. Pacientes e Métodos: Foram avaliadas 90 amostras da mucosa oral de 30 receptores de transplante alogênico em três momentos: antes do condicionamento, na aplasia e no momento da enxertia. A extração de DNA bacteriano foi realizada por meio de vórtice em 600μL de tampão de Tris-EDTA e suplementadas com 6μL de PureLinkTM RNAse A. Foi realizada amplificação das regiões hipervariáveis V3-V4 que codificam o rRNA 16S por polimerase em cadeia em tempo real usando primers pré validados. As leituras foram realizadas através do software MiSeq Reporter. A mediana de seguimento foi de 40 meses (variação 29 a 50 meses). Resultados: A mediana de idade foi de 50 anos (variando entre 19 e 73 anos), sendo que 53% eram do sexo masculino e diagnóstico mais comum era leucemia aguda (60%). Em relação aos doadores, 37% eram não aparentados, 33% haploidênticos e 30% aparentados idênticos; 60% dos pacientes receberam regimes de condicionamento de intensidade reduzida e 67% utilizaram sangue periférico como fonte das células tronco hematopoiéticas. A diversidade bacteriana diminuiu globalmente durante o curso do transplante, observamos que pacientes que apresentavam uma maior diversidade do MO no pré-condicionamento, apresentaram um menor risco de recaída em 3 anos quando comparado com pacientes com baixa diversidade (33% versus 68%, respectivamente; P = 0,04). A dominância (abundância relativa ≥30%) por um único gênero foi associada a maior risco de recaída (63% versus 36%, respectivamente; P = 0,04), pior sobrevida livre de progressão (19% versus 55%, respectivamente; P = 0,01), e pior sobrevida global (38% versus 81%, respectivamente; P = 0,02) em 3 anos, quando comparado com paciente sem dominância. A presença de Solobacterium no pré-condicionamento foi associada a um menor risco de recaída (9% versus 56% para aqueles sem Solobacterium, P = 0,04). Conclusão: A disbiose do MO está relacionada a piores desfechos no TCTH, podendo ser usado no futuro como possível ferramenta de intervenção. Background: Recent studies have shown that the composition and diversity of the intestinal microbiome can influence the outcomes of allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (HSCT). However, there is little data on the impact of the oral microbiome (OM) or the HSCT outcomes. Objectives: To evaluate the changes in the microbiome during the HSCT process and to analyze the influence of the oral microbiome on the HSCT outcomes. Patients and Methods: We collected 90 oral mucosa samples from 30 allogeneic HSCT recipients in three time points: before conditioning, at aplasia, and at engraftment. The extraction of bacterial DNA from the oral mucosa samples was performed by vortexing in 600μL of Tris-EDTA buffer and supplemented with 6μL of PureLink™ RNAse A. Amplification of the hypervariable regions V3-V4 encoding the 16S rRNA was performed by real-time polymerase chain reaction using pre-validated primers. The readings were performed using the MiSeq Reporter software. Median follow-up was 40 months (range 29 to 50 months). Results: Median age was 50 years (ranging from 19 to 73 years), 16 (53%) were male, and acute leukemia was the most common diagnosis (60%). Among 30 donors, 11 (37%) were matched unrelated, 10 (33%) were haploidentical, and 9 (30%) matched related; 60% underwent reduced intensity conditioning regimens and 67% received peripheral blood as the source of hematopoietic stem cells. Bacterial diversity decreased globally during the course of the transplant. In the preconditioning, we observed a lower risk of relapse at 3 years in patients with a greater OM diversity (33% versus 68% in those with lower OM diversity, P = 0.04). Dominance (relative abundance ≥30%) of a single gender was associated with a higher risk of relapse (63% versus 36%, respectively; P = 0.04), lower progression-free survival (19% versus 55%, respectively; P = 0.01), and lower overall survival (38% versus 81%, respectively; P = 0.02) at 3 years, when compared to patients without dominance. The presence of Solobacterium at preconditioning was associated with a lower risk of relapse (9% versus 56% for those without Solobacterium, P = 0.04). Conclusion: OM dysbiosis was associated with worse clinical outcomes after HSCT and may be used in the future in interventional strategies 141575/2018-2 |
Databáze: | OpenAIRE |
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