Filogenia de Aspidosperma Mart. & Zucc. e da tribo neotropical Aspidospermateae (Apocynaceae)

Autor: Pereira, Andreza Stephanie de Souza, 1989
Přispěvatelé: Simões, André Olmos, 1975, Fortuna-Perez, Ana Paula, Scatigna, André Vito, Amaral, Maria do Carmo Estanislau do, Morokawa, Rosemeri, Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
Popis: Orientador: André Olmos Simões Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia Resumo: Aspidospermateae é uma das tribos que compõem o grado rauvolfioide, e de acordo com estudos filogenéticos realizados com a família, é o grupo-irmão das demais linhagens de Apocynaceae. A tribo apresenta distribuição neotropical, compreendendo os gêneros Aspidosperma (78 spp.), Geissospermum (5 spp.), Haplophyton (2 spp.), Microplumeria (1 sp.), Strempeliopsis (2 spp.) e Vallesia (10 spp.). A circunscrição atual de Aspidospermateae foi recuperada a partir de estudos filogenéticos, mas existem dúvidas sobre seu monofiletismo e posicionamento na filogenia de Apocynaceae. Quanto aos gêneros da tribo, Aspidosperma é o mais estudado em virtude de sua complexidade taxonômica, sendo o maior e mais amplamente distribuído. Atualmente, existe uma divisão infragenérica para Aspidosperma, com suas espécies estando distribuídas entre dois subgêneros e nove seções. Entretanto, essa classificação também não foi testada filogeneticamente. Além disso, existem dúvidas quanto ao posicionamento do gênero Paralyxia, que foi incluído e excluído de Aspidosperma algumas vezes, e também quanto ao número de espécies reconhecidas para o gênero. Para testar o monofiletismo de Aspidospermateae e Aspidosperma (incluindo seus subgêneros e seções) e o posicionamento da tribo como grupo-irmão das demais linhagens de rauvolfioide, sequências de marcadores plastidiais e nucleares foram geradas e analisadas filogeneticamente por MP, MV e IB. Algumas análises complementares incluindo dados morfológicos e ecológicos foram também realizadas. Nesse estudo, novos primers de nrETS e nrITS foram desenhados para rauvolfioide. O monofiletismo de Aspidospermateae foi suportada pelos nossos dados, assim como a de Aspidosperma, após a sinonimização de Paralyxia sob o gênero. A tribo foi recuperada como grupo-irmão das demais linhagens amostradas de rauvolfioide, e em Aspidospermateae, três clados principais foram recuperados, o clado formado por Strempeliopsis, Haplophyton e Vallesia, que são táxons majoritariamente das Américas do Norte e Central, seguido pelos clados de Microplumeria e Geissospermum e de Aspidosperma, com suas espécies ocorrendo principalmente na América do Sul, especialmente na Amazônia. Além disso, nossos resultados indicaram que os subgêneros e algumas das principais seções de Aspidosperma não são monofiléticos, então propomos o abandono da classificação infragenérica formal para o grupo. Adicionalmente, apresentamos uma lista com as espécies aceitas em Aspidosperma, com seus respectivos sinônimos e também uma chave de identificação interativa para o gênero. Os resultados já publicados a partir da realização desse trabalho são apresentados ao final da tese Abstract: Aspidospermateae is one of the tribes that compose the rauvolfioid grade, and according to phylogenetic studies conducted with the family, is the sister group to all other Apocynaceae lineages. The tribe presents a neotropical distribution, comprising the genera Aspidosperma (78 spp.), Geissospermum (5 spp.), Haplophyton (2 spp.), Microplumeria (1 sp.), Strempeliopsis and Vallesia (10 spp.). The current circumscription of Aspidospermateae was recovered from phylogenetic studies, but remain uncertainties about its monophyly and placement in the phylogeny of Apocynaceae. Regarding the genera of the tribe, Aspidosperma is the best studied due to its taxonomic complexity, being the biggest and most widely distributed. Currently, there is an infrageneric classification for Aspidosperma, with its species being distributed between two subgenera and nine sections. However, this classification has not been phylogenetically tested either. In addition, uncertainties remain about the placement of the genus Paralyxia, which was included and excluded from Aspidosperma a few times, and also about the number of species recognized for the genus. To test the monophyly of Aspidospermateae and Aspidosperma (including its subgenera and sections) and the placement of the tribe as sister group to all other rauvolfioid lineages, sequences of plastid and nuclear markers were generated and phylogenetically analyzed by MP, ML and BI. Some complementary analyzes including morphological and ecological data were also performed. In this study, new nrETS and nrITS primers were designed for rauvolfioid. The monophyly of Aspidospermateae was supported by our data, as well as that of Aspidosperma, after the synonymization of Paralyxia under it. The tribe was recovered as sister group to all other rauvolfioid lineages sampled, and within Aspidospermateae, three major clades were recovered, the clade formed by Strempeliopsis, Haplophyton and Vallesia, which are taxa mostly from North and Central America, followed by the clades of Microplumeria and Geissospermum and the clade of Aspidosperma, with their species occurring mainly in South America, especially in the Amazon. Moreover, our results indicated that the subgenera and some of the main sections of Aspidosperma are not monophyletic, thus we propose the abandonment of the formal infrageneric classification for the group. Additionally, we present a list with the accepted species in Aspidosperma, with their respective synonyms and also an interactive identification key for the genus. The results already published from the completion of this work are presented at the end of the thesis Doutorado Biologia Vegetal Doutora em Biologia Vegetal CAPES 1545133 CNPQ 141291/2018-4
Databáze: OpenAIRE