Vínculos com a organização e o processo de saída voluntária: teste de um modelo explicativo em uma empresa de Tecnologia da Informação (TI)

Autor: Scheible, Alba Couto Falcão
Přispěvatelé: Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt, Costa, Vânia Medianeira Flores, Medeiros, Carlos Alberto Freire, Souza, Elizabeth Loiola da Cruz, Andrade, José Célio Silveira
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFBA
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
Popis: Submitted by Núcleo de Pós-Graduação Administração (npgadm@ufba.br) on 2017-11-08T17:34:22Z No. of bitstreams: 1 Alba Couto.pdf: 1260314 bytes, checksum: 867078b385860e3e5e09a1ee4acd661d (MD5) Approved for entry into archive by Maria Angela Dortas (dortas@ufba.br) on 2017-11-16T15:39:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Alba Couto.pdf: 1260314 bytes, checksum: 867078b385860e3e5e09a1ee4acd661d (MD5) Made available in DSpace on 2017-11-16T15:39:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alba Couto.pdf: 1260314 bytes, checksum: 867078b385860e3e5e09a1ee4acd661d (MD5) Este trabalho teve como objetivo geral a obtenção de um modelo matemático para descrever a relação entre vínculos com a organização e permanência (ou não saída) na mesma. Ampliando, desta forma, a compreensão dos fatores associados a intenções comportamentais em relação à organização, inclusive a decisão de saída voluntária dos empregados, com ênfase na identificação do peso que os vínculos com diferentes alvos do seu mundo de trabalho possuem neste processo decisório, e em como isso se articula com os modelos de gestão organizacional. Adicionalmente, buscou-se contribuir para discriminar os tipos de vínculos que o trabalhador desenvolve, identificando-se seus antecedentes e consequentes. Para tanto, foi testado empiricamente um modelo matemático construído a partir da revisão da literatura do campo. A pesquisa foi realizada em uma empresa de tecnologia da informação e contou com a participação de 307 trabalhadores, aos quais foi aplicado um questionário eletrônico contendo, na sua maioria, itens que integram escalas previamente validadas para o contexto brasileiro. Os resultados obtidos, assim como os fundamentos teóricos que os sustentam, encontram-se organizados em quatro estudos específicos. O primeiro estudo buscou entender quais as relações entre a percepção de práticas de gestão de pessoas com o comprometimento organizacional afetivo e o entrincheiramento na organização. Constatou-se que a percepção das práticas relaciona-se forte e positivamente com o comprometimento afetivo. O entrincheiramento também relaciona-se de forma positiva, mas muito fraca, e apenas com a dimensão comparativa da percepção das práticas. Desta forma, as práticas se configuraram como antecedentes de ambos os vínculos o que se coaduna com a teoria dos construtos estudados. Práticas voltadas para Capacitação e Desenvolvimento, assim como Estabilidade revelaram melhor ajuste em relação aos resultados esperados das práticas na organização estudada, pois influenciam fo comprometimento, sem potencializar o entrincheiramento. O segundo estudo apresenta uma análise das relações entre os comprometimentos com diversos focos (trabalho em si, grupo, liderança, carreira, e organização), e destes com a intenção de permanecer na organização. Constatou-se que os comprometimentos com a organização, com o trabalho em si e, com a liderança são preditores da intenção de permanecer. Os resultados obtidos atestam que o comprometimento com o trabalho influencia outras formas de comprometimento. O comprometimento com o grupo se revelou à parte dos demais, pois não foram encontradas relações de causalidade entre ele e os outros comprometimentos. O terceiro estudo analisou comparativamente a relação do comprometimento afetivo com a organização e do entrincheiramento organizacional com intenções de comportamentos em relação à organização, buscando-se evidências adicionais de validade discriminante entre estes dois construtos. Constatou-se que o comprometimento afetivo com a organização relaciona-se de forma positiva e relevante com as intenções estudadas, enquanto o entrincheiramento somente obteve relação significativa com a intenção de defesa. O detalhamento por dimensões do entrincheiramento, no entanto, revela relações de natureza negativa entre a dimensão Ajustamentos de Posição Social com as duas outras das intenções estudadas (permanecer na organização e exercer esforço extra). A dimensão Limitação de Alternativas, ao contrário, revela relação positiva (mas fraca) com a intenção de permanecer. Foram identificados, ainda, perfis dos vínculos estudados (padrões de combinação de diferentes níveis de comprometimento e entrincheiramento) e o resultado de suas relações com conseqüentes e antecedentes se coadunou com aqueles encontrados na literatura atual do campo. Os resultados fortalecem a conceitualização de que o entrincheiramento é um construto diferente do comprometimento afetivo organizacional. O quarto e último estudo tem o seu foco na relação entre o comprometimento afetivo e o entrincheiramento organizacionais e a saída da organização à luz de percepções dos indivíduos sobre suas alternativas de recolocação no mercado. Para tal, é proposto e testado um modelo de processo de saída voluntária da organização. Constatou-se que o comprometimento afetivo com a organização relaciona-se de forma positiva e relevante com a intenção de permanecer, enquanto o entrincheiramento não apresentou relação com a mesma. Ambos os construtos apresentaram relações negativas com a saída voluntária efetiva e configuraram-se como seus preditores. Ao contrário de estudos anteriores, a intenção de permanecer (ou não sair) não se configurou como preditora da saída voluntária. O conjunto de estudos faz avançar a compreensão dos elos que ligam os vínculos do trabalhador e as suas decisões em relação à organização, tema clássico da área de Comportamento Organizacional.
Databáze: OpenAIRE