Plicatura do ligamento largo do útero de éguas por videocirurgia com uso de toggles de ácido polilático confeccionados em impressora 3D

Autor: Meirelles, Jéssica Rodrigues da Silva, 1988
Přispěvatelé: Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Dornbusch, Peterson Triches
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFPR
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
Popis: Orientador: Prof. Dr. Peterson Triches Dornbusch Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Ciências Veterinárias. Defesa : Curitiba, 23/06/2022 Inclui referências Resumo: A equideocultura é uma atividade de grande importância econômica no país, movimentando anualmente US$3 bilhões, porém problemas reprodutivos relacionados à subfertilidade e infertilidade em éguas podem ocasionar prejuízos na produção. Dentre as principais causas de problemas reprodutivos nesta espécie destacam-se endometrite, placentite e doenças infecciosas. Algumas éguas, após a cópula ou inseminação artificial não possuem capacidade fisiológica para eliminar o líquido intrauterino, pois apresentam útero projetado para o interior da cavidade abdominal, com uma angulação maior e nível mais baixo em relação ao assoalho da pelve, denominando-se útero penduloso. Para melhorar o posicionamento uterino nestes casos pode-se realizar a uteropexia por videolaparoscopia, técnica cirúrgica que se mostra promissora em éguas. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar a técnica de elevação uterina por laparoscopia em éguas que apresentam o útero penduloso, utilizando toggles de ácido polilático, confeccionados em impressora 3D. Foram operadas seis éguas que possuíam entre 10 e 17 anos de idade, apresentando útero penduloso com histórico de acúmulo de líquido e baixa taxa de recuperação embrionária. A elevação obtida com a técnica foi parcial, pois durante a aplicação no mesométrio alguns toggles se quebraram ao meio e alguns se soltaram. A poliglactina 910 apresentou coeficiente de atrito alto e dificultou o deslizamento pelo toggle sendo substituída pelo fio de poliamida de forma a facilitar o deslizamento. O tempo cirúrgico médio para desenvolvimento da uteropexia foi de 37 minutos (37±12) para cada lado. Nenhuma das éguas operadas apresentou complicações no pós-operatório. Na avaliação uterina pós-operatória realizada após seis meses e até dois anos após o procedimento, notou-se melhora na conformação anatômica uterina. Houve melhora na taxa de recuperação embrionária de todas as éguas, com diferença estatisticamente significativa nas coletas realizadas até dois anos após a cirurgia. A técnica de elevação uterina por laparoscopia em éguas com útero penduloso com plicatura do ligamento largo do útero, utilizando toggles de PLA, confeccionados em impressora 3D é possível, porém há necessidade de aprimoramento destes. A uteropexia foi efetiva na melhora da taxa de recuperação embrionária. Abstract: Equideoculture constitute a great economic importance in Brazil, moving about US$3 billion annually, therefore, reproductive issues related to subfertility and infertility in mares may cause damages in the production. Among the causes of reproductive issues in mares, the most recurring are endometritis, placentitis and infectious diseases. There are some mares that are not able to eliminate the intrauterine fluid after copulation or artificial insemination, as result of the uterus being designed for the abdominal cavity interior, with a higher angulation and a lower level compared to the pelvic floor, known as pendulous uterus. To improve uterine positioning in these cases, uteropexia can be performed by laparoscopy, a surgical technique that is shown to be promising in mares. The aim of this study was to develop and validate the uterine elevation technique by laparocopy, in mares that present the pendulous uterus, using polylactic acid toggles, made in a 3D printer. Six mares that were between 10 and 17 years old underwent the surgical procedure, presenting pendulous uterus precedent by fluid accumulation and low embryonic recovery rate. The elevation was partially obtained with the technique, due to some toggles broke in half and some loosened. Polyglactin 910 presented high friction coefficient and made the slipness through the toggle more difficult, being replaced by the polyamide wire in order to make it easier to sliding. The mean surgical time to develop uteropexia was 37 minutes (37±12) for each side. None of the operated mares presented postoperative complications. An anatomical conformation improvement was observed in the postoperative uterine evaluation. There was an improvement in the embryonic recovery rate of all mares, with a statistically significant difference in the collections performed up to two years after surgery. The technique of uterine elevation in mares that presenting pending uterus, by laparoscopy, performing the plication of the broad ligament of the uterus by PLA toggles, made in 3D printer is possible, although, there is a need to improve the toggles used in the procedure.
Databáze: OpenAIRE