Análise de implantação do componente hospitalar na rede de Atenção às Urgências e Emergências - RUE, no período de 2011 a 2019

Autor: Matos, Marilei Elisangela Radel
Přispěvatelé: Shimizu, Helena Eri
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UnB
Universidade de Brasília (UnB)
instacron:UNB
Popis: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2021. Este estudo tem como objetivos analisar a evolução quantitativa dos pontos de atenção que integram o Componente Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) nas unidades da federação e nas macrorregiões do Brasil, comparar o quantitativo de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) habilitados como integrantes e não integrantes da RUE e avaliar a efetividade da implantação das Linhas de Cuidado Prioritárias nos estabelecimentos habilitados como Portas de Entrada, no período de 2011 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo, observacional e analítico, com delineamento longitudinal retrospectivo da implantação do Componente Hospitalar da RUE. Os dados foram obtidos do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), tabulados por meio de sistemas de tabulação de dados (TABNET, TABWIN) e de planilhas de controle atualizadas pela coordenação-geral de Urgência do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, cujo acesso foi disponibilizado via Lei de Acesso à Informação (LAI). As análises foram feitas por ponto de atenção que integra o Componente Hospitalar, por estado e por macrorregião, ano a ano, de 2011 a 2019. Dos resultados, depreendeu-se que a região Sudeste foi a que mais evoluiu quantitativamente em relação ao número de pontos de atenção habilitados, com destaque para os estados de Minas Gerais e São Paulo, que também se sobressaíram na comparação por estado. A região Nordeste foi a segunda que mais habilitou pontos de atenção, e Pernambuco ocupou o terceiro lugar no quantitativo geral de habilitações por estado. Sucessivamente, seguiram-se as regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. A região Sul se destacou na implantação das Linhas de Cuidado Prioritárias nos estabelecimentos habilitados como Portas de Entrada. Essa região, além de ter abarcado o maior número de implantações dessas linhas, também foi a que melhor evidenciou o crescimento no número de atendimentos e a diminuição no tempo médio de permanência (TMP) pós-implantação, configurando uma qualificação no serviço prestado ao paciente e atestando a efetividade da implantação das linhas de cuidado. Adicionalmente, ao se verificar o número de atendimentos com o crescimento populacional, verificou-se que a Linha de Cuidado do Trauma foi a que apresentou maior efetividade. Não obstante, mesmo com o grande avanço desde a implantação da RUE, verificou-se que ainda houve um grande número de habilitações (de pontos de atenção, que têm possibilidade de mensuração) que não integram essa rede. Por fim, concluiu-se que a RUE trouxe consideráveis avanços, quantitativos e qualitativos; contudo, ainda existe a necessidade de aprimoramento, especialmente quanto à sublocalização dos pontos de atenção. A RUE precisa ser avaliada e adaptada continuamente, de modo a cumprir as diretrizes preconizadas e o atendimento integral ao usuário do SUS. This study aimed to analyze the quantitative evolution of the points of care that are part of the Hospital Component of the Urgency and Emergency Network (RUE) in the Federation Units (ESTADO) and in the Macroregions of Brazil, compare the number of beds of Intensive Care Units (ICU) enabled as RUE members and non-members and evaluate the effectiveness of the implementation of the Priority Care Lines in the establishments enabled as Entry Points, in the period from 2011 to 2019. This is a descriptive, observational and analytical study, with retrospective longitudinal design of the implementation of the Hospital Component of the RUE. The results were obtained from the extraction of secondary data from the National Registry of Health Establishments System (SCNES) and the Hospital Information System (SIH), tabulated using the Data Tabulation Systems (TABNET, TABWIN), and from control spreadsheets, updated by the General Coordination of Urgency of the Department of Hospital, Home and Urgency Care, of the Secretariat of Specialized Health Care, whose access was made available through the Access to Information Law (LAI). From the results, it appeared that the Southeast Region had the most quantitative evolution in relation to the number of authorized points of care, especially the States of Minas Gerais and São Paulo, which also stood out in the comparison by ESTADO. The Northeast Region was the second region that most qualified points of care, and the State of Pernambuco occupied the third place in the general number of accreditations per State. The South, North, and Center-West regions followed in succession. The South Region stood out in the implementation of the Priority Care Lines in the establishments qualified as Entry Points. This Region, besides having had the largest number of implementations of these Lines, was also the one that best showed the growth in the number of attendances and the decrease in the Average Stay Time (MTT) post-implementation, configuring a qualification in the service provided to the patient and attesting to the effectiveness of the Lines of Care implementation. Additionally, it was verified that the Trauma Care Line was the one that presented the greatest effectiveness, when correlating the number of assistances to the population growth. Nevertheless, even with the great advance since the implementation of the RUE, it was verified that there was a great number of qualifications (of points of care, which have the possibility of measurement) that are not part of this network. Finally, it was concluded that the RUE has brought considerable advances, both quantitative and qualitative; however, there is still a need for improvement, especially regarding the sublocation of points of care. The RUE needs to be continuously evaluated and adapted in order to comply with the recommended guidelines and the comprehensive care of the SUS user.
Databáze: OpenAIRE