Tradition, writing and intoxication: Virginia Woolf's ghosts

Autor: Sousa, Victor Santiago
Přispěvatelé: Pinho, Davi Ferreira de, Chiara, Ana Cristina de Rezende, Santos, Marcelo dos
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
instacron:UERJ
ISSN: 8385-5807
Popis: Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T15:16:23Z No. of bitstreams: 1 Victor Santiago Sousa Dissertacao.pdf: 1073983 bytes, checksum: c779f6eaee06c0be26e8385580736953 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-05T15:16:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Victor Santiago Sousa Dissertacao.pdf: 1073983 bytes, checksum: c779f6eaee06c0be26e8385580736953 (MD5) Previous issue date: 2018-02-01 The present dissertation aims at thinking through Virginia Woolf s life and literary work apart from conceptions that place her as a depressive and suicidal woman. Taking into account that the author s empirical self may not be achieved and defined except by the tools of fiction and imagination -, Woolf s mental illness is going to be used as a metaphor, not for an ill body, but for an ill and limping feminine writing which is oppressed by a male tradition. Taking into account that women still fight for fields of assertion and inscription, it is intended to rethink this logic of a repressive thought in order to propose a new aesthetics of thought through the concept of intoxication; as an ill body that can intoxicate the current modes of thinking and become something else. Thus, tradition, writing and intoxication are going to be treated as ghosts that have a double potentiality haunting and being haunted and are beyond an oppressive logic of a male primacy, for the feminine writing arises as a sensuous experience capable of reorganizing and restructuring thought. This work, therefore, is divided into two parts which call into question these ghosts. To start with, it is going to be discussed the impossibility of accessing Woolf s biographical self, based on her essay The Art of Biography (1939). Then, Woolf s illness is going to be used in a metaphorical way in order to think through an ill feminine writing. However, regarding the essay On Being Ill (1930), her disease will be conceived in an affirmative and potent way. So, the concept of intoxication considering Derrida s (2005) understandings on the undecidable aspect of phármakon, both remedy and poison of speech, are going to be brought to reflect upon écriture feminine (CIXOUS, 1975) as an intoxicating and transforming potentiality of the logic of thought A presente dissertação tem por objetivo pensar a vida e a obra da escritora Virginia Woolf dissociadas de concepções que a colocam como uma mulher deprimida e suicida. Partindo do pressuposto de que o eu-empírico do autor não pode ser alcançado e definido a não ser pelas ferramentas da ficção e da fabulação -, utiliza-se a depressão de Woolf como metáfora não de um corpo doente, mas de uma escrita feminina doente e claudicante que é oprimida por uma tradição masculina. Tendo em vista que as mulheres ainda lutam por espaços de afirmação e inscrição, pretende-se repensar esta lógica do pensamento repressor e propor uma nova estética do pensamento através do conceito de intoxicação; como um corpo doente que intoxica o pensamento atual e torna-se outro. Deste modo, tradição, escrita e intoxicação serão tratados como fantasmas que possuem uma dupla potência assombrar e ser assombrado e estão para além de uma lógica opressora de poderio masculino, pois a escrita feminina surge como uma experiência sensível capaz de reorganizar e reestruturar o pensamento. Este trabalho, portanto, está dividido em duas partes que colocam em xeque estes fantasmas. Primeiramente, discute-se a impossibilidade de se acessar o eu biográfico de Woolf, tendo por base o ensaio The Art of Biography (1939). Em seguida, a doença de Woolf é utilizada de forma metafórica para se pensar em uma escrita feminina e doente. Contudo, a partir do ensaio On Being Ill (1930), concebe-se esta enfermidade de modo afirmativo e potente. Então, o conceito de intoxicação a partir dos entendimentos de Derrida (2005) sobre o aspecto indecidível do phármakon, ao mesmo tempo remédio e veneno do discurso - é trazido à baila, a fim de se refletir acerca da écriture féminine (CIXOUS, 1975) como potência intoxicante e transformadora da lógica do pensamento
Databáze: OpenAIRE