O processamento prosódico gráfico na leitura silenciosa de sentenças ambíguas temporárias por surdos congênitos profundos bilaterias bilíngues libras/português

Autor: Francisca Maria Carvalho
Přispěvatelé: Jose Olimpio de Magalhaes, Aline Alves Fonseca, Ricardo Augusto de Souza, Luciana Mendonça Alves, Rosana Passos
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2016
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
Popis: Examinamos o efeito da marcação prosódica gráfica no processamento da leitura silenciosa de sentenças ambíguas temporárias, ponderando a integração sintaxe-prosódia. Assim, nossoestudo parte de propostas como a de Fodor (2002a) que sustenta, pela Hipótese da Prosódia Implícita, que tanto as estruturas sintáticas quanto as prosódicas são computadas durante a leitura silenciosa. Nessa perspectiva, aplicamos três experimentos, sendo que dois delesenvolveram leitura auto-monitorada, para testar a influência da marcação prosódica, a vírgula, por surdos congênitos profundos bilaterais e bilíngues intermodais Libras/Português, na leitura silenciosa de sentenças subordinadas ambíguas temporárias, em textos escritos daLíngua Portuguesa. Nosso pressuposto foi que o grupo surdo congênito profundo bilateral bilíngue Libras/Português gastaria mais tempo na leitura silenciosa de sentenças ambíguas do Português Brasileiro do que o grupo ouvinte nativo monolíngue em Língua Portuguesa, masque haveria também uma diferença conforme uma vírgula desambiguadora estivesse ou não presente na sentença. O experimento 1 consistiu de um teste objetivo off-line nãocronométrico de leitura silenciosa, que foi aplicado a todos os participantes, com o objetivo de selecionar os leitores proficientes em leitura silenciosa de textos escritos da Língua Portuguesa, para participar dos experimentos 2 e 3. O experimento 2 consistiu de leiturasilenciosa auto-monitorada, medida on-line do segundo/terceiro fragmento das sentenças subordinadas ambíguas temporárias, com e sem a vírgula, do tipo À medida que João escrevia as mensagens foram lidas por todos na plateia, em 6 condições experimentais: Late Closure,Early Closure e Semantic Control, marcação prosódica gráfica com e sem a vírgula. O experimento 3 apresentou as mesmas características apresentadas no experimento 2, exceto a fragmentação das sentenças. Quanto ao tempo de leitura, surdos e ouvintes gastaram menostempo no segundo fragmento e nas sentenças fragmentadas do experimento 2. Quanto ao uso da vírgula, os surdos gastaram menor tempo de leitura nas sentenças sem a vírgula, enquanto os ouvintes gastaram menor tempo nas sentenças com a vírgula. Quanto às versões da frase, os surdos gastaram menor tempo de leitura na versão Semantic Control, enquanto que os ouvintes gastaram menor tempo de leitura na versão Late Closure. Dados quantitativos e qualitativos revelaram que o grupo surdo não ativou satisfatoriamente o conhecimento prévio na compreensão textual. Houve diferença significativa no tempo de leitura das sentenças subordinadas ambíguas temporárias entre surdos e ouvintes; igualmente, houve diferençasignifica entre as versões Late Closure e Eealy Closure. Não houve diferença significativa entre as versões Late Closure e Semantic Control. Por fim, não houve diferença significativa quanto ao uso ou não uso da vírgula. Podemos inferir que a marcação prosódica gráfica, a vírgula, influenciou parcialmente no processamento da leitura silenciosa de sentenças ambíguas temporárias, ponderando a integração sintaxe-prosódia. The main objective of this study is to examine the effect of prosodic graphic marking on the processing of silent reading of temporary ambiguous sentences, considering integration syntax-prosody. Thus, our study arose from Fodor (2002a), who argues for Hipótese da Prosódia Implícita (Hypothesis of Implicit Prosody), that both syntactic structures, just as the prosodic structures are computed during silent reading. From this perspective, we carried out three experiments. Two of them involve self-paced reading in order to test the influence of the prosodic marking, the comma, for profound congenital deaf, bilingual in Libras (BrazilianSign Language)/Portuguese in silent reading subordinate temporary ambiguous clauses, in written texts of the Portuguese language. Our assumption was that the bilingual deaf group would be slower in the silent reading of ambiguous sentences in Brazilian Portuguese than thehearing group; however, there would also be a difference whether a disambiguating comma would be in the sentence or not. We conducted three experiments in this study. Experiment 1 consisted of an off-line objective and a non-chronometric test of silent reading. It was appliedto all participants in order to select proficient readers in silent reading of written texts in the Portuguese language to participate in experiments 2 and 3. Experiment 2 consisted of a selfmonitored silent reading measured by the second / third fragment of subordinate temporaryambiguous clauses, with and without comma. It can be seen in À medida que João escrevia as mensagens foram lidas por todos na plateia (As John wrote the messages, they were read by everyone in the audience), there are 6 experimental conditions: Early Closure, Late Closure,Semantic Control, graphic prosodic, marking with and without comma. Experiment 3 consisted of the same characteristics presented in experiment 2, except for the fragmented sentences. Quantitative and qualitative data revealed that the deaf group did not activatebackground knowledge satisfactorily in reading comprehension. Regarding the reading time, deafs and listeners spend less time in the second fragment, and fragmented sentences in the experiment 2. About the use of the comma, the deaf persons spent less time reading thesentences without the comma; while listeners spent less time in sentences with a comma. As for the versions of the sentence, the deaf ones spent less time reading the Semantic Control version, while listeners spent less time reading in version Late Closure. There was asignificant difference in the reading time for the second and third fragment and for the subordinate temporary ambiguous clauses between deaf and hearing; likewise, there was a significant difference between Late Closure and Early Closure versions. There was no significant difference between Late Closure and Semantic Control versions. Thus, there was no meaningful difference in the use of the comma in this study. We may infer that the graphic prosodic marking, the comma, influenced partly the processing of silent readings of temporary ambiguous sentences, considering the integration syntax-prosody.
Databáze: OpenAIRE