A ação educativa dos sindicatos de trabalhadores diante das novas demandas de qualificação e requalificação, decorrentes da reestruturação capitalista
Autor: | Stein, Edson Francisco |
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Přispěvatelé: | Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação, Kuenzer, Acácia Zeneida |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2000 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFPR Universidade Federal do Paraná (UFPR) instacron:UFPR |
Popis: | Orientadora: Profa. Dra. Acácia Zeneida Kuenzer Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Inclui referências: p. 108-112 Área de Concentração: Educação e Trabalho Resumo: Esta pesquisa tem como foco de investigação a ação educativa realizada em sindicatos de trabalhadores, um de Curitiba e outro de Ponta Grossa, diante das novas demandas de qualificação e requalificação profissional, decorrentes da reestruturação capitalista. Analisou-se de que forma os sindicatos de trabalhadores estão respondendo à demanda por trabalhadores multifuncionais, obrigados a executar múltiplas tarefas como forma de garantir uma produtividade que gere uma taxa de lucro capaz de remunerar o capital na atual fase de desenvolvimento do modo de produção capitalista, denominada de acumulação flexível. Apresentou-se o resultado de entrevistas com os responsáveis pelas políticas de educação e qualificação dos sindicatos, com os monitores dos cursos e com os trabalhadores que frequentaram os cursos. Os trabalhadores, na sua grande maioria, buscam os cursos como forma de ter acesso a escolarização de 1o grau, relegando a questão da qualificação a segundo plano. Além disso, os resultados mostraram que as políticas de qualificação implementadas pelos sindicatos pesquisados reproduzem a qualificação taylorista/fordista no que há de mais frágil. As novas demandas exigem trabalhadores que tenham habilidades cognitivas, o que exige escolarização básica. Os sindicatos fazem a qualificação na lógica da reprodução capitalista, incorporando o discurso da burguesia de que os trabalhadores estão desempregados porque não estão qualificados. Com seus cursos de qualificação, os sindicatos assumem uma tarefa que é do capital, criando uma ilusão e falsa expectativa para os trabalhadores de que, fazendo os cursos conseguirão empregos. As altas taxas de desemprego geral nos países desenvolvidos que, já alcançaram a universalização do ensino, até o equivalente ao segundo grau no Brasil, e em muitos desses países 60% a população já é atendida pelo ensino de terceiro grau demonstra que estar ou não desempregado não depende de escolarização. Esses dados confirmam que, sob o capital, não há solução para o desemprego; indicam que os sindicatos devem retomar seu papel histórico de organizar os trabalhadores, como forma de exigir do capital sempre e continuamente maiores salários e empregos para todos, e assim desnudar os fundamentos desse modelo de sociedade que, pela sua lógica excludente, impede os trabalhadores do acesso aos benefícios e resultados de seu trabalho. |
Databáze: | OpenAIRE |
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