Paulo Schilling e o nacionalismo revolucionário
Autor: | Vasconcellos, Laura Vianna |
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Přispěvatelé: | Escolas::CPDOC, Martinho, Francisco Carlos Palomanes, Sento-Sé, João Trajano, Brandalise, Carla, Angeli, Douglas, Freire, Américo |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital) Fundação Getulio Vargas (FGV) instacron:FGV |
Popis: | Nesta tese, aborda-se a trajetória de Paulo Schilling e a composição do nacionalismo revolucionário, ideologia a que dedicou boa parte de seus livros. Schilling integrou o governo Brizola no Rio Grande do Sul e fez parte de todos os feitos políticos daquela época: as encampações, o Master, a Frente de Mobilização e o Grupo dos 11. Além disso, assessorou Brizola no setor agrário, sendo dessa época os primeiros de seus livros, sobre a situação agrícola do estado. Ao lado de Franklin Oliveira, integrou o que foi chamada a assessoria marxista de Brizola, quando então surgem as primeiras teses do brizolismo: a aposta no lumpemproletariado e a concepção de um imperialismo que nos espoliava por intermédio de São Paulo. Depois do Golpe de 1964, segue exilado para o Uruguai e para a Argentina, onde passa a escrever boa parte de seus livros. São obras muito influenciadas pelo ambiente latino-americano, que vivia a Revolução Cubana e o nascimento de um marxismo com modelos nacionais. Tudo isso aparece na obra de Schilling de diversas formas, mas principalmente no diálogo do trabalhismo com o marxismo, encontro a partir do qual ele interpreta uma série de conceitos do materialismo e das ciências sociais: bonapartismo, subimperialismo, revolução brasileira, burguesia nacional e nacionalismo revolucionário. São duas as influencias mais evidentes nessa fase, o uruguaio Vívian Trías e sua tese sobre o socialismo nacional, e Rui Mauro Marini, por meio do conceito de subimperialismo. Na volta ao país, Schilling escolherá militar pelo PT, partido que nascia opondo-se ao trabalhismo e a Brizola. Desde Caparaó, Schilling e o ex-governador haviam se distanciado definitivamente, fato que explica muito dessa sua opção, embora não completamente. No PT, muitos temas do brizolismo e da descoberta da América Latina persistem, mas muitas são as novas influências. A trajetória de Schilling descortina a aproximação do trabalhismo com o marxismo e realoca o exílio como um período de franca renovação da velha esquerda. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |