Contribuições das teorias feministas e dos estudos de gênero para os debates sobre alfabetização midiática e informacional

Autor: Tebaldi, Raquel
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação; v. 13 (2017): N. Especial-Competência Informacional e Midiática; 196-212
RBBD. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação
Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB)
instacron:FEBAB
ISSN: 1980-6949
0100-0691
Popis: In recent decades, education reforms have been undertaken in several countries in order to expand the concept of literacy to respond to the challenges posed by the mass media and new information and communication technologies (ICTs). A wide range of new concepts came therefore to embrace this necessary revision of educational practices. Among these, the concept of media and information literacy (AMI) emerges, whose broader definition involves developing the capacity to access, analyse, evaluate and create content across different media types. The inclusion of this type of education in the school curriculum and the creation of policies to ensure that all have access to it are necessary because differences in access to media and information leads to the expansion of opportunities for the already privileged, considering that certain uses of ICTs may result in more human, financial, social and cultural capital, leaving those who are marginalized from the learning process at a disadvantage. Therefore, this paper aims to introduce the concept of media and information literacy as a public policy and as an educational practice, developing it through the critical and feminist approaches. The analysis concludes that feminist theories and gender studies represent important contributions in this debate and cannot be ignored if the objective of such an educational policy aims at building a more egalitarian and participatory democracy Nas últimas décadas, reformas educacionais têm sido realizadas em diversos países com o objetivo de expandir o conceito de alfabetização de forma a responder aos desafios impostos pela mídia de massa e pelas novas tecnologias da informação e comunicação (TICs). Uma ampla gama de novos conceitos surgiu, portanto, para abarcar esta necessária revisão das práticas educativas. Dentre esses emerge o conceito de alfabetização midiática e informacional (AMI), cuja definição mais abrangente envolve o desenvolvimento das capacidades de acessar, analisar, avaliar e criar conteúdo através de diferentes tipos de mídia. Sua inclusão no currículo escolar e políticas públicas que garantam que todos tenham acesso a esse tipo de ensino fazem-se necessárias, pois o acesso diferenciado aos meios de comunicação e informação leva à expansão de oportunidades para os já privilegiados, considerando-se que determinados usos das TICs podem resultar em mais capital humano, financeiro, social e cultural, deixando aqueles que são marginalizados do processo de aprendizagem em desvantagem. Assim sendo, o presente trabalho objetiva apresentar o conceito de AMI enquanto política pública e enquanto prática educacional, problematizando-o através das abordagens crítica, feminista e de gênero. Conclui-se que as teorias feministas e os estudos de gênero representam importantes contribuições nesse debate, não podendo ser ignorados se os objetivos de tal política educacional visam à construção de uma democracia mais igualitária e participativa
Databáze: OpenAIRE