'Sabia que tem um novo vírus que já chegou no Brasil?' : Diferenças e desigualdades na Educação Infantil durante a pandemia de COVID-19
Autor: | Padula, Isabella Brunini Simões, 1995 |
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Přispěvatelé: | Faria, Ana Lúcia Goulart de, 1951, Dias, Lucimar Rosa, Santiago, Flávio, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
Popis: | Orientador: Ana Lúcia Goulart de Faria Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Resumo: Esta pesquisa analisou como a pandemia de COVID-19 tem afetado a Educação Infantil, considerando as diferenças de raça, gênero, classe e idade. O trabalho de campo foi conduzido em uma pré-escola pública em São José dos Campos, interior de São Paulo, entre março de 2020 e abril de 2021, sendo realizado de forma presencial por uma semana, quando foi interrompido em decorrência das medidas de combate à disseminação da doença e continuou de maneira remota. Os procedimentos metodológicos durante a semana presencial incluíram: observação participante e registros em diário de campo. Durante o trabalho de campo remoto, os procedimentos foram modificados e incluíram entrevistas fechadas e semiestruturadas, fotografias e análise de documentos. Durante o trabalho de campo remoto, foi possível constatar: que parte das propostas remotas enviadas às crianças não comtempla a especificidade da educação infantil pois exige que a família assuma papel pedagógico, o que desqualifica o trabalho docente e desconsidera que a educação das crianças pequenas tem tempo, espaço e materiais próprios para acontecer; que a obrigatoriedade e grande quantidade de propostas remotas sobrecarrega mulheres nas atividades de cuidado; que estas propostas muitas vezes desconsideram as desigualdades entre as crianças; que o foco da rede de ensino tem sido conter perdas e manter direitos de aprendizagem; que currículos e propostas pedagógicas apresentam apenas fragmentos da discussão sobre relações étnico-raciais e de gênero, indicando a invisibilidade da temática nas práticas educativas; que o retorno presencial sem vacina não respondeu às especificidades da etapa pois colocou em risco a vida de crianças e professoras, e estabeleceu uma lógica higienista na educação infantil. Durante o trabalho de campo presencial, episódios de campo indicaram: como gênero, raça e idade atravessam as culturas infantis na pré-escola, criando privilégios, mas também resistências, na forma como as crianças vivenciam as diferenças; como a presença da pesquisadora não é neutra e seus métodos são uma construção coletiva com as crianças. A pesquisa recorre à Pedagogia da Infância como lente para olhar as infâncias, à etnografia como ferramenta teórico-metodológica e à perspectiva interseccional no âmbito do Pensamento Feminista Negro como ferramenta de análise para pensar as diferenças em inter-relação Abstract: This research aimed to analyse the effects of the COVID-19 pandemic on early childhood education, considering race, gender, class and age. The fieldwork was conducted in a public daycare center at São José dos Campos, city in the interior of São Paulo state, between March 2020 and April 2021. The fieldwork with children was carried out for a week in March 2020, when it was interrupted by COVID-19 pandemic and continued remotely. The methodological procedures during face-to-face fieldwork include: participant observation and field notes. During the remote field work, the procedures were modified and included closed and semi-structured interviews, photographs and document analysis. During remote fieldwork, it was possible to verify: part of the remote proposals sent to children does not respond to the specificity of early childhood education because it requires the family to assume a pedagogical role, which disqualifies teaching work and disregards that early childhood education has its own time, spaces and materials to happen; compulsory and large-scale remote activities overwhelm women in care activities; some of the remote proposals disregard inequalities among children; the focus of municipal network education has been to contain losses and maintain learning rights; curriculum and pedagogical proposals present only fragments of the discussion on ethnic-racial and gender relations, indicating the invisibility of the theme in educational practices; face-to-face return without vaccine did not respond to the specifics of the stage because it puts lives of teachers and children at risk and established a hygienist logic in early childhood education. During the week that I was physically present at the institution, it was possible to reflect on: how the different axis of social division - age, gender, social class and race - impacts peer culture in preschool, creating privileges, but also resistance; how researcher's presence is not neutral and her methods are a collective construction with children. The study is based on theoretical and methodological contributions of intersectionality, ethnographic studies, and early childhood education pedagogy studies Mestrado Educação Mestra em Educação CNPQ 130531/2020-0 CAPES 001 |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |